Roteiro de Estudos
Professor(a): Mauricio Rezende Zuffo
Componente Curricular:Historia
Turmas:3ª-3B
Número de aulas/data referente: 2 aulas 19-06
Sensibilização :Mudanças socioeconomicas no Brasil republicano .
Habilidade(s) a ser desenvolvida EF09HI10 Identificar e relacionar as dinâmicas do capitalismo e suas
crises, os grandes conflitos mundiais vivenciados no seculo XX.
crises, os grandes conflitos mundiais vivenciados no seculo XX.
EF09HI03 Identificar os mecanismos de inserção dos negros na sociedade brasileira após-abolição e avaliar
seus resultados.
seus resultados.
Sequência de Atividades Caros alunos esta atividade deve ser lida e feita um fichamento dos textos
analisando o processo de industrialização e urbanização na Primeira Republica, observando que nas
primeiras décadas da republica brasileira permaneceu baseada na exportação de produtos primários ,
como café, borracha, cacau, algodão, também observando que apesar de termos uma exportação
baseada em produtos primários inúmeros estabelecimentos industriais cresceram entre 1889 e 1930
com isso algumas cidades apresentaram um crescimento expressivo, alem de modernizarem sua
infraestrutura urbana.
analisando o processo de industrialização e urbanização na Primeira Republica, observando que nas
primeiras décadas da republica brasileira permaneceu baseada na exportação de produtos primários ,
como café, borracha, cacau, algodão, também observando que apesar de termos uma exportação
baseada em produtos primários inúmeros estabelecimentos industriais cresceram entre 1889 e 1930
com isso algumas cidades apresentaram um crescimento expressivo, alem de modernizarem sua
infraestrutura urbana.
Forma de Avaliação da Aprendizagem : Estamos construindo o entendimento das formações sociais do
seculo XX, a reforma agraria.A pesquisa e o fichamento serão avaliados.
seculo XX, a reforma agraria.A pesquisa e o fichamento serão avaliados.
Referência: livro didaticoMudanças socioeconônicas no Brasil republicano, pagina 60 ate66, pesquisa :
https://revistacafeicultura.com.br/ data do acesso 16-06 brasilescola.uol.com.br
https://revistacafeicultura.com.br/ data do acesso 16-06 brasilescola.uol.com.br
Historia do café no Brasil ( texto 1)
O café chegou ao norte do Brasil, mais precisamente em Belém, em 1727, trazido da Guiana
Francesa para o Brasil pelo Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta a pedido do governador
do Maranhão e Grão Pará, que o enviara às Guianas com essa missão. Já naquela época o café
possuía grande valor comercial.
Palheta aproximou-se da esposa do governador de Caiena, capital da Guiana Francesa,
conseguindo conquistar sua confiança. Assim, uma pequena muda de café Arábica foi oferecida
clandestinamente e trazida escondida na bagagem desse brasileiro.
Devido às nossas condições climáticas, o cultivo de café se espalhou rapidamente, com produção
voltada para o mercado doméstico. Em sua trajetória pelo Brasil o café passou pelo Maranhão,
Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Num espaço de tempo relativamente
curto, o café passou de uma posição relativamente secundária para a de produto-base da
economia brasileira. Desenvolveu-se com total independência, ou seja, apenas com recursos
nacionais, sendo, afinal, a primeira realização exclusivamente brasileira que visou a produção
de riquezas.
conseguindo conquistar sua confiança. Assim, uma pequena muda de café Arábica foi oferecida
clandestinamente e trazida escondida na bagagem desse brasileiro.
Devido às nossas condições climáticas, o cultivo de café se espalhou rapidamente, com produção
voltada para o mercado doméstico. Em sua trajetória pelo Brasil o café passou pelo Maranhão,
Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais. Num espaço de tempo relativamente
curto, o café passou de uma posição relativamente secundária para a de produto-base da
economia brasileira. Desenvolveu-se com total independência, ou seja, apenas com recursos
nacionais, sendo, afinal, a primeira realização exclusivamente brasileira que visou a produção
de riquezas.
Em condições favoráveis a cultura se estabeleceu inicialmente no Vale do Rio Paraíba, iniciando
em 1825 um novo ciclo econômico no país. No final do século XVIII, a produção cafeeira do
Haiti -- até então o principal exportador mundial do produto -- entrou em crise devido à longa
guerra de independência que o país manteve contra a França. Aproveitando-se desse quadro,
o Brasil aumentou significativamente a sua produção e, embora ainda em pequena escala,
passou a exportar o produto com maior regularidade. Os embarques foram realizados pela
primeira vez em1779, com a insignificante quantia de 79 arrobas. Somente em 1806 as
exportações atingiram um volume mais significativo, de 80 mil arrobas.
Por quase um século, o café foi a grande riqueza brasileira, e as divisas geradas pela economia
cafeeira aceleraram o desenvolvimento do Brasil e o inseriram nas relações internacionais de
comércio. A cultura do café ocupou vales e montanhas, possibilitando o surgimento de cidades
e dinamização de importantes centros urbanos por todo o interior do Estado de São Paulo, sul
de Minas Gerais e norte do Paraná. Ferrovias foram construídas para permitir o escoamento da
produção, substituindo o transporte animal e impulsionando o comércio inter-regional de outras
importantes mercadorias. O café trouxe grandes contingentes de imigrantes, consolidou a
expansão da classe média, a diversificação de investimentos e até mesmo intensificou movimentos
culturais. A partir de então o café e o povo brasileiro passam a ser indissociáveis.
em 1825 um novo ciclo econômico no país. No final do século XVIII, a produção cafeeira do
Haiti -- até então o principal exportador mundial do produto -- entrou em crise devido à longa
guerra de independência que o país manteve contra a França. Aproveitando-se desse quadro,
o Brasil aumentou significativamente a sua produção e, embora ainda em pequena escala,
passou a exportar o produto com maior regularidade. Os embarques foram realizados pela
primeira vez em1779, com a insignificante quantia de 79 arrobas. Somente em 1806 as
exportações atingiram um volume mais significativo, de 80 mil arrobas.
Por quase um século, o café foi a grande riqueza brasileira, e as divisas geradas pela economia
cafeeira aceleraram o desenvolvimento do Brasil e o inseriram nas relações internacionais de
comércio. A cultura do café ocupou vales e montanhas, possibilitando o surgimento de cidades
e dinamização de importantes centros urbanos por todo o interior do Estado de São Paulo, sul
de Minas Gerais e norte do Paraná. Ferrovias foram construídas para permitir o escoamento da
produção, substituindo o transporte animal e impulsionando o comércio inter-regional de outras
importantes mercadorias. O café trouxe grandes contingentes de imigrantes, consolidou a
expansão da classe média, a diversificação de investimentos e até mesmo intensificou movimentos
culturais. A partir de então o café e o povo brasileiro passam a ser indissociáveis.
A riqueza fluía pelos cafezais, evidenciada nas elegantes mansões dos fazendeiros, que traziam a
cultura européia aos teatros erguidos nas novas cidades do interior paulista. Durante dez décadas
o Brasil cresceu, movido pelo hábito do cafezinho, servido nas refeições de meio mundo,
interiorizando nossa cultura, construindo fábricas, promovendo a miscigenação racial, dominando
partidos políticos, derrubando a monarquia e abolindo a escravidão.
cultura européia aos teatros erguidos nas novas cidades do interior paulista. Durante dez décadas
o Brasil cresceu, movido pelo hábito do cafezinho, servido nas refeições de meio mundo,
interiorizando nossa cultura, construindo fábricas, promovendo a miscigenação racial, dominando
partidos políticos, derrubando a monarquia e abolindo a escravidão.
Além de ter sido fonte de muitas das nossas riquezas, o café permitiu alguns feitos extraordinários.
Durante muito tempo, o café brasileiro mais conhecido em todo o mundo era o tipo Santos.
A qualidade do café santista e o fato de ser um dos principais portos exportadores do produto,
determinou a criação do Café Tipo Santos.
Implantado com o mínimo de conhecimento da cultura, em regiões que mais tarde se tornaram
inadequadas para seu cultivo, a cafeicultura no centro-sul do Brasil começou a ter problemas em
1870, quando uma grande geada atingiu as plantações do oeste paulista provocando prejuízos
incalculáveis.
Depois de uma longa crise, a cafeicultura nacional se reorganizou e os produtores, industriais e
exportadores voltaram a alimentar esperanças de um futuro melhor. A busca pela região ideal para
a cultura do café se estendeu por todo o país, se firmando hoje em regiões do Estado de São Paulo,
Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Rondônia. O café continua hoje, a ser um dos
produtos mais importantes para o Brasil e é, sem dúvida, o mais brasileiro de todos. Hoje o país
é o primeiro produtor e o segundo consumidor mundial do produto.
exportadores voltaram a alimentar esperanças de um futuro melhor. A busca pela região ideal para
a cultura do café se estendeu por todo o país, se firmando hoje em regiões do Estado de São Paulo,
Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Bahia e Rondônia. O café continua hoje, a ser um dos
produtos mais importantes para o Brasil e é, sem dúvida, o mais brasileiro de todos. Hoje o país
é o primeiro produtor e o segundo consumidor mundial do produto.
Raízes do café no Brasil ( texto 2)
O cultivo de café no Brasil teve início no século XVIII, mas apenas no século seguinte a produção
foi grande o bastante para torná-lo o principal produto da economia do país.
foi grande o bastante para torná-lo o principal produto da economia do país.
O café foi o principal produto de exportação da economia brasileira durante o século XIX e o início
do século XX, garantindo as divisas necessárias à sustentação do Império do Brasil e também da
República Velha.
do século XX, garantindo as divisas necessárias à sustentação do Império do Brasil e também da
República Velha.
As raízes do café no Brasil foram plantadas no século XVIII, quando as mudas da planta foram
cultivadas pela primeira vez, que se tem notícia, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará.
A partir daí, o café foi difundido timidamente no litoral brasileiro, rumo ao sul, até chegar à
região do Rio de Janeiro, por volta de 1760.
cultivadas pela primeira vez, que se tem notícia, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará.
A partir daí, o café foi difundido timidamente no litoral brasileiro, rumo ao sul, até chegar à
região do Rio de Janeiro, por volta de 1760.
Entretanto, sua produção em escala comercial para exportação ganhou força apenas no início
do século XIX. Tal dimensão de produção cafeeira só foi possível com o aumento da procura do
produto pelos mercados consumidores da Europa e dos EUA.
do século XIX. Tal dimensão de produção cafeeira só foi possível com o aumento da procura do
produto pelos mercados consumidores da Europa e dos EUA.
O consumo de café no continente europeu e no norte da América ocorreu após a planta percorrer,
desde a Antiguidade, um trajeto que a levou das planícies etíopes africanas até as mesas e xícaras
dos países industrializados do século XIX. Mas para isso foi necessária uma expansão de seu
consumo pelo Império Árabe e pelo mundo islâmico, sendo posteriormente apresentada aos
europeus, que tornaram seu consumo mais expressivo por volta do século XVII.
desde a Antiguidade, um trajeto que a levou das planícies etíopes africanas até as mesas e xícaras
dos países industrializados do século XIX. Mas para isso foi necessária uma expansão de seu
consumo pelo Império Árabe e pelo mundo islâmico, sendo posteriormente apresentada aos
europeus, que tornaram seu consumo mais expressivo por volta do século XVII.
A produção do café no Brasil expandiu-se a partir da Baixada Fluminense e do vale do rio Paraíba,
que atravessava as províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo. A cafeicultura no Brasil beneficiou-se
da estrutura escravista do país, sendo incorporada ao sistema plantation, caracterizado
basicamente pela monocultura voltada para a exportação, a mão de obra escrava e o cultivo
em grandes latifúndios.
que atravessava as províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo. A cafeicultura no Brasil beneficiou-se
da estrutura escravista do país, sendo incorporada ao sistema plantation, caracterizado
basicamente pela monocultura voltada para a exportação, a mão de obra escrava e o cultivo
em grandes latifúndios.
Nessa região do Brasil, a produção cafeeira beneficiou-se do clima e do solo propícios ao seu
desenvolvimento. O fato de ser rota de transporte de mercadorias entre o Rio de Janeiro e as
zonas de mineração contribuiu também para a adoção da lavoura cafeeira, já que parte das terras
estava desmatada, facilitando inicialmente a introdução das roças de café e beneficiando o
escoamento da produção através das estradas existentes.
desenvolvimento. O fato de ser rota de transporte de mercadorias entre o Rio de Janeiro e as
zonas de mineração contribuiu também para a adoção da lavoura cafeeira, já que parte das terras
estava desmatada, facilitando inicialmente a introdução das roças de café e beneficiando o
escoamento da produção através das estradas existentes.
Os capitais iniciais para a produção do café vieram dos próprios fazendeiros e comerciantes,
principalmente os que conseguiram acumular capital com o impulso econômico verificado após
a vinda da Família Real ao Brasil, a partir de 1808.
principalmente os que conseguiram acumular capital com o impulso econômico verificado após
a vinda da Família Real ao Brasil, a partir de 1808.
As técnicas de produção de café eram simples. Inicialmente se desmatavam terras onde era
necessário expandir as áreas agricultáveis para a colocação das mudas da planta. Estas
demoravam cerca de cinco anos para começar a produzir. Nesse tempo, outras culturas eram
plantadas em torno dos cafezais, principalmente gêneros alimentícios. Para a conservação
das plantas, eram necessárias apenas enxadas e foices. A colheita era feita manualmente pelos
escravos, que, após essa tarefa, colocavam os grãos do café para secar em terreiros. Uma vez
seco, o café era beneficiado, retirando-se os materiais que revestiam o grão através de monjolos,
máquinas primitivas de madeira formadas por pilões socadores movidos a força d’água.
necessário expandir as áreas agricultáveis para a colocação das mudas da planta. Estas
demoravam cerca de cinco anos para começar a produzir. Nesse tempo, outras culturas eram
plantadas em torno dos cafezais, principalmente gêneros alimentícios. Para a conservação
das plantas, eram necessárias apenas enxadas e foices. A colheita era feita manualmente pelos
escravos, que, após essa tarefa, colocavam os grãos do café para secar em terreiros. Uma vez
seco, o café era beneficiado, retirando-se os materiais que revestiam o grão através de monjolos,
máquinas primitivas de madeira formadas por pilões socadores movidos a força d’água.
Após esse processo, o café era transportado nos lombos das mulas para o porto do Rio de Janeiro,
de onde era exportado. Mas o aumento da produção cafeeira e os lucros decorrentes dela
levaram ao início do processo de modernização da economia e da sociedade brasileira.
de onde era exportado. Mas o aumento da produção cafeeira e os lucros decorrentes dela
levaram ao início do processo de modernização da economia e da sociedade brasileira.
Um dos exemplos mais marcantes dessa modernização esteve na construção de ferrovias para
o transporte do café, o que aumentou a velocidade do transporte e interligou algumas regiões
do Império, principalmente após a expansão das lavouras para as terras roxas localizadas no
chamado Oeste paulista, intensificada após a década de 1860. Tal situação levou ainda ao
fortalecimento do Porto de Santos como principal local de escoamento da produção.
o transporte do café, o que aumentou a velocidade do transporte e interligou algumas regiões
do Império, principalmente após a expansão das lavouras para as terras roxas localizadas no
chamado Oeste paulista, intensificada após a década de 1860. Tal situação levou ainda ao
fortalecimento do Porto de Santos como principal local de escoamento da produção.
Embarque do café no Porto de Santos, em fotografia de 1880 feita por Marc Ferrez (1843-1923)
Em 1836 e 1837, a produção cafeeira superou a produção açucareira, tornando o café o principal
produto de exportação do Império. Os grandes latifundiários produtores de café, os chamados
“Barões do café”, enriqueceram-se e garantiram o aumento da arrecadação por parte do Estado
imperial.
produto de exportação do Império. Os grandes latifundiários produtores de café, os chamados
“Barões do café”, enriqueceram-se e garantiram o aumento da arrecadação por parte do Estado
imperial.
Surgiram ainda os chamados comissários do café, homens que exerciam a função de intermediários
entre os latifundiários e os exportadores. Além de controlarem a venda do produto, garantiam
aos latifundiários acesso a créditos para a expansão da produção e também viabilizavam a
compra de produtos importados.
entre os latifundiários e os exportadores. Além de controlarem a venda do produto, garantiam
aos latifundiários acesso a créditos para a expansão da produção e também viabilizavam a
compra de produtos importados.
O café foi, dessa forma, um dos principais esteios da sociedade brasileira do século XIX e início
do XX. Garantiu o acúmulo de capitais para a urbanização de algumas localidades do Brasil,
como Rio de Janeiro, São Paulo e cidades do interior paulista, além de prover inicialmente os
capitais necessários ao processo de industrialização do país e criar as condições para o
desenvolvimento do sistema bancário.
do XX. Garantiu o acúmulo de capitais para a urbanização de algumas localidades do Brasil,
como Rio de Janeiro, São Paulo e cidades do interior paulista, além de prover inicialmente os
capitais necessários ao processo de industrialização do país e criar as condições para o
desenvolvimento do sistema bancário.
Ciclo da Borracha ( Texto 3)
A utilização da borracha foi desenvolvida em função das diversas descobertas científicas promovidas
durante o século XIX. Inicialmente, o látex era comumente utilizado na fabricação de borrachas de
apagar, seringas e galochas. Anos mais tarde, os estudos desenvolvidos pelo cientista Charles
Goodyear desenvolveu o processo de vulcanização através do qual a resistência e a elasticidade
da borracha foram sensivelmente aprimoradas.
A vulcanização possibilitou a ampliação dos usos da borracha, que logo seria utilizada como
matéria-prima na produção de correias, mangueiras e sapatos. A região amazônica, uma das
maiores produtoras de látex, aproveitou do aumento transformando-se no maior pólo de
extração e exportação de látex do mundo. No curto período de três décadas, entre 1830 e
1860, a exportação do látex amazônico foi de 156 para 2673 toneladas.
A mão-de-obra utilizada para a extração do látex nos seringais era feita com a contratação de
trabalhadores vindos, principalmente, da região nordeste. Os seringueiros adotavam técnicas
de extração indígenas para retirar uma seiva transformada em uma goma utilizada na
fabricação de borracha. Não constituindo em uma modalidade de trabalho livre, esses
seringueiros estavam submetidos ao poder de um “aviador”. O aviador contratava os serviços
dos seringueiros em troca de dinheiro ou produtos de subsistência.
A sistemática exploração da borracha possibilitou um rápido desenvolvimento econômico da
região amazônica, representado principalmente pelo desenvolvimento da cidade de Belém.
Este centro urbano representou a riqueza obtida pela exploração da seringa e abrigou um
suntuoso projeto arquitetônico profundamente inspirado nas referências estéticas européias.
Posteriormente atingindo a cidade de Manaus, essas transformações marcaram a chamada
belle époque amazônica.
No início do século XX, a supremacia da borracha brasileira sofreu forte declínio com a
concorrência promovida pelo látex explorado no continente asiático. A brusca queda do
valor de mercado fez com que muitos aviadores fossem obrigados a vender toda sua
produção em valores muito abaixo do investimento empregado na produção. Entre 1910 e
1920, a crise da seringa amazônica levou diversos aviadores à falência e endividou os cofres
públicos que estocavam a borracha na tentativa de elevar os preços.
Esse duro golpe sofrido pelos produtores de borracha da região norte ainda pode ser
compreendido em razão da falta de estímulo do governo imperial. Atrelado ao interesse
econômico dos cafeicultores, o governo monárquico não criou nenhuma espécie de programa
de desenvolvimento e proteção aos produtores de borracha. Em certa ocasião, atendendo ao
pedido de industriais norte-americanos, chegou a proibir que o governo do Pará criasse taxas
alfandegárias protecionistas maiores aos exportadores estrangeiros.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as indústrias passaram a adotar uma
borracha sintética que poderia ser produzida em ritmo mais acelerado. Essa inovação
tecnológica acabou retraindo significativamente a exploração da seringa na Floresta Amazônica.
No entanto, até os dias de hoje, a exploração da borracha integra a economia da região
norte do Brasil.
durante o século XIX. Inicialmente, o látex era comumente utilizado na fabricação de borrachas de
apagar, seringas e galochas. Anos mais tarde, os estudos desenvolvidos pelo cientista Charles
Goodyear desenvolveu o processo de vulcanização através do qual a resistência e a elasticidade
da borracha foram sensivelmente aprimoradas.
A vulcanização possibilitou a ampliação dos usos da borracha, que logo seria utilizada como
matéria-prima na produção de correias, mangueiras e sapatos. A região amazônica, uma das
maiores produtoras de látex, aproveitou do aumento transformando-se no maior pólo de
extração e exportação de látex do mundo. No curto período de três décadas, entre 1830 e
1860, a exportação do látex amazônico foi de 156 para 2673 toneladas.
A mão-de-obra utilizada para a extração do látex nos seringais era feita com a contratação de
trabalhadores vindos, principalmente, da região nordeste. Os seringueiros adotavam técnicas
de extração indígenas para retirar uma seiva transformada em uma goma utilizada na
fabricação de borracha. Não constituindo em uma modalidade de trabalho livre, esses
seringueiros estavam submetidos ao poder de um “aviador”. O aviador contratava os serviços
dos seringueiros em troca de dinheiro ou produtos de subsistência.
A sistemática exploração da borracha possibilitou um rápido desenvolvimento econômico da
região amazônica, representado principalmente pelo desenvolvimento da cidade de Belém.
Este centro urbano representou a riqueza obtida pela exploração da seringa e abrigou um
suntuoso projeto arquitetônico profundamente inspirado nas referências estéticas européias.
Posteriormente atingindo a cidade de Manaus, essas transformações marcaram a chamada
belle époque amazônica.
No início do século XX, a supremacia da borracha brasileira sofreu forte declínio com a
concorrência promovida pelo látex explorado no continente asiático. A brusca queda do
valor de mercado fez com que muitos aviadores fossem obrigados a vender toda sua
produção em valores muito abaixo do investimento empregado na produção. Entre 1910 e
1920, a crise da seringa amazônica levou diversos aviadores à falência e endividou os cofres
públicos que estocavam a borracha na tentativa de elevar os preços.
Esse duro golpe sofrido pelos produtores de borracha da região norte ainda pode ser
compreendido em razão da falta de estímulo do governo imperial. Atrelado ao interesse
econômico dos cafeicultores, o governo monárquico não criou nenhuma espécie de programa
de desenvolvimento e proteção aos produtores de borracha. Em certa ocasião, atendendo ao
pedido de industriais norte-americanos, chegou a proibir que o governo do Pará criasse taxas
alfandegárias protecionistas maiores aos exportadores estrangeiros.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as indústrias passaram a adotar uma
borracha sintética que poderia ser produzida em ritmo mais acelerado. Essa inovação
tecnológica acabou retraindo significativamente a exploração da seringa na Floresta Amazônica.
No entanto, até os dias de hoje, a exploração da borracha integra a economia da região
norte do Brasil.
A cidade de Manaus no século XIX: o desenvolvimento urbano proporcionado pela extração do
látex
látex
Atividades
1-Leitura do texto.
2- Fichamento .
3- Pesquisa ( Oswaldo Crus) Bibliografia.
4- Mandar o fichamento (legível ) e pesquisa com nome número serie turma
( ex Mauricio número 00 serie 4 turma E )
( ex Mauricio número 00 serie 4 turma E )
Professor não estou conseguindo ler o canto do texto por conta dos livros coloridos ao canto da página,poderia deixar o link?
ResponderExcluir