quinta-feira, 18 de junho de 2020

EF 8º ano B, C e D - História - Professor Maurício (15/06 a 19/06)

Roteiro de Estudos
Professor(a): Mauricio Rezende Zuffo
Componente Curricular:Historia 
Turmas:8 B- 8C- 8D-
Número de aulas/data referente: 4aulas ( 15-19-06)


Sensibilização : OImperio Napoleonico e a Revolução de São Domingo, leitura de texto e imagem.


Habilidade(s) a ser desenvolvida. EF08HI10. Identificar a Revolução de São Domingos como evento
singular e desdobramento da Revolução Francesa e avaliar suas implicações .
EF08HI11 Identificar e explicar os protagonismos e a atuação de diferentes grupos sociais e étnicos
nas lutas de independência no Brasil , na America espanhola e no Haiti.


Sequência de Atividades Caros alunos esta atividade deve ser lida e analisada com o texto1 e 2 como
base de seus estudos e faremos uma analise bibliográfica da figura de Jean- Jacques Dessalines, e
Fançois- Dominique Toussaint LÒuverture.


Forma de Avaliação da Aprendizagem :Estamos mais uma vez refletindo a respeito das bases da
Revolução francesa e suas consequencias para formação da America independente .Estaremos 
refletindo a respeito de São domingos, a figura de Jean- Jacques Dessalines, e Fançois- Dominique
Toussaint LÒuverture.


Contato zuffo@prof.educacao.sp.gov.br / telefone ZAP 19971094591


Referências Livro didático : capitulo 6 pagina 78 ate 87,
https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/revolucao-haitiana.htm
brasilescola.uol.com.br/historia-geral/independencia-america-espanhola.htm



Independência da América Espanhola ( texto 1)

O processo de independência da América Espanhola ocorreu em um conjunto de situações
experimentadas ao longo do século XVIII. Nesse período, observamos a ascensão de um
novo conjunto de valores que questionava diretamente o pacto colonial e o autoritarismo
das monarquias. O iluminismo defendia a liberdade dos povos e a queda dos regimes políticos
que promovessem o privilégio de determinadas classes sociais.

Sem dúvida, a elite letrada da América Espanhola inspirou-se no conjunto de ideias
iluministas. A grande maioria desses intelectuais era de origem criolla, ou seja, filhos de
espanhóis nascidos na América desprovidos de amplos direitos políticos nas grandes
instituições do mundo colonial espanhol. Por estarem politicamente excluídos, enxergavam
no iluminismo uma resposta aos entraves legitimados pelo domínio espanhol, ali representado
pelos chapetones.

Ao mesmo tempo em que houve toda essa efervescência ideológica em torno do iluminismo e
do fim da colonização, a pesada rotina de trabalho dos índios, escravos e mestiços também
contribuiu para o processo de independência. As péssimas condições de trabalho e a situação
de miséria já tinham, antes do processo definitivo de independência, mobilizado setores
populares das colônias hispânicas. Dois claros exemplos dessa insatisfação puderam ser
observados durante a Rebelião Tupac Amaru (1780/Peru) e o Movimento Comunero
(1781/Nova Granada).

No final do século XVIII, a ascensão de Napoleão frente ao Estado francês e a demanda
britânica e norte-americana pela expansão de seus mercados consumidores serão dois pontos
cruciais para a independência. A França, pelo descumprimento do Bloqueio Continental,
invadiu a Espanha, desestabilizando a autoridade do governo sob as colônias. Além disso,
Estados Unidos e Inglaterra tinham grandes interesses econômicos a serem alcançados com
o fim do monopólio comercial espanhol na região.

É nesse momento, no início do século XIX, que a mobilização ganha seus primeiros
contornos. A restauração da autoridade colonial espanhola seria o estopim do levante
capitaneado pelos criollos. Contando com o apoio financeiro anglo-americano, os criollos
convocaram as populações coloniais a se rebelarem contra a Espanha. Os dois dos maiores
líderes criollos da independência foram Simon Bolívar e José de San Martin. Organizando
exércitos pelas porções norte e sul da América, ambos sequenciaram a proclamação de
independência de vários países latino-americanos.

No ano de 1826, com toda América Latina independente, as novas nações reuniram-se no
Congresso do Panamá. Nele, Simon Bolívar defendia um amplo projeto de solidariedade
e integração político-econômica entre as nações latino-americanas. No entanto, Estados
Unidos e Inglaterra se opuseram a esse projeto, que ameaçava seus interesses econômicos
no continente. Com isso, a América Latina acabou mantendo-se fragmentada.

O desfecho do processo de independência, no entanto, não significou a radical transformação
da situação socioeconômica vivida pelas populações latino-americanas. A dependência
econômica em relação às potências capitalistas e a manutenção dos privilégios das elites
locais fizeram com que muitos dos problemas da antiga América Hispânica permanecessem
presentes ao longo da História latino-americana.
Revolução Haitiana ( texto 2)
A Revolução Haitiana foi uma grande rebelião de escravos que levou São Domingos à independência
sob a liderança de Toussaint Louverture e Jean-Jacques Dessalines.

Revolução Haitiana foi uma grande rebelião de escravos e negros libertos que aconteceu
na colônia francesa de São Domingos a partir de 1791. Essa rebelião conduziu a colônia
francesa de São Domingos à independência e foi motivada pela grande exploração e violência
do sistema colonial escravista francês naquela região.
Antecedentes
No final do século XVIII, a região que corresponde atualmente ao Haiti era colonizada pelos
franceses e conhecida como São Domingos. A presença francesa ocorreu de maneira gradativa
a partir do século XVI, quando a região – ainda conhecida como Hispaniola e sob posse dos
espanhóis – passou a ser ocupada por corsários franceses que usavam a ilha de Tortuga como
refúgio.
A posse da região foi transmitida para os franceses oficialmente a partir do século XVII,
quando Espanha e França assinaram o Tratado de Ryswick, que cedia de maneira oficial
a parte oeste de Hispaniola para os franceses. O sistema colonial imposto pelos franceses
transformou São Domingos em uma das colônias mais prósperas do mundo, sendo inclusive
conhecida como “pérola das Antilhas”.
Revolução Haitiana
No final do século XVIII, o sistema escravista imposto pelos franceses em São Domingos fez
com que cerca de 40 mil franceses controlassem violentamente uma população de cerca de
450 mil escravos. A violência com a qual os franceses tratavam os escravos em São Domingos
é citada em diversos relatos, como no caso de Jean-Baptiste de Caradeux, o qual permitia que
seus visitantes atirassem laranjas na cabeça de seus escravos|1|.
Esse sistema escravista extremamente violento havia motivado inúmeras rebeliões em outros
momentos em São Domingos, como no caso de François Mackandal, que fugiu e passou a
realizar pequenos ataques contra franceses na região. A Revolução Haitiana iniciou-se de fato
em 1791, quando os escravos rebelaram-se contra os franceses. Em poucas semanas, cerca de
100 mil escravos já haviam se rebelado.
Os escravos e os negros libertos da região foram fortemente influenciados pelos
acontecimentos que se passavam durante a Revolução Francesa. Os ideais de igualdade
entre os homens inspirou-os a lutar pela sua liberdade e por seus direitos. Os escravos lutavam
pelo fim do sistema escravista, e os negros libertos lutavam pela equiparação dos direitos entre
brancos e negros.

Com a rebelião, os escravos passaram a organizar-se e a lutar contra as tropas francesas que
estavam instaladas na região. A força do movimento em São Domingos e os desdobramentos
da Revolução Francesa resultaram na abolição da escravidão em todas as colônias
francesas, incluindo São Domingos em 1794.
No decorrer dos acontecimentos no Haiti, todo o ódio que havia sido represado durante anos
pelos escravos e negros libertos levou os escravos a cometerem atos de violência contra
franceses. Foram comuns nesse período ataques de escravos e negros libertos contra
propriedades de franceses, em que os donos e sua família eram mortos. Durante esse período
de lutas, os haitianos foram liderados por Toussaint Louverture.
O movimento em São Domingos seguiu sob a liderança de Toussaint Louverture até 1802.
Pouco antes, em 1801, sob o comando de Napoleão Bonaparte, foi enviada uma expedição
para São Domingos para controlar a situação e restabelecer o sistema escravista que havia
sido abolido em 1794.
As tropas franceses foram lideradas por Charles Leclerc, que, além de ter retomado o
controle sobre a situação em São Domingos, também conseguiu aprisionar Toussaint
Louverture. O líder haitiano foi enviado para a França em 1802 e permaneceu em uma
prisão até a sua morte em 1803. Toussaint Louverture foi vítima de má nutrição e tuberculose.
Com a prisão e morte de Toussaint Louverture, a liderança da Revolução Haitiana foi ocupada
por Jean-Jacques Dessalines, que reiniciou a luta contra os franceses e derrotou-os de
maneira definitiva em novembro de 1803. Pouco tempo depois, em 1º de janeiro de 1804, foi
declarada a independência de São Domingos.
Após a declaração de independência, Jean-Jacques Dessalines escolheu o nome de Haiti para
o novo país que havia surgido. O nome foi escolhido em homenagem às populações indígenas
que habitavam a região antes da chegada dos europeus. O governo do Haiti foi ocupado pelo
próprio Dessalines. Após a independência, o Haiti tornou-se o único país das Américas que
conquistou sua independência a partir de uma rebelião de escravos.
|1| Biography of Haitian Revolution Leader Toussaint Louverture.  
Jean-Jacques Dessalines assumiu a liderança da Revolução após a prisão e morte de Toussaint Louverture
Jean-Jacques Dessalines assumiu a liderança da Revolução após a prisão e morte de Toussaint Louverture



Atividades:
  1. Leitura dos textos
  2.  Fichamento dos textos 
  3. Pesquisar a bibliográfica de a figura de Jean- Jacques Dessalines, e Fançois- Dominique
  4. Toussaint LÒuverture.
  5. Encaminhar via @ as atividades ( fichamento, e bibliografia)

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