Roteiro de Estudos
Professor(a): Patrícia Granso de Queiroz
Componente Curricular: Língua Portuguesa
Turmas: 7 ano
Número de aulas/data referente: 6 aulas 11/05/2020 a 15/05/2020
Sensibilização:
Era uma vez um Autor com uma vaga ideia para
uma nova história. E como nessa história tinha vaga de verdade para um grande
Personagem, pensou em começar sua busca colocando um anúncio no jornal.
Habilidade(s) a ser desenvolvida :
(EF69LP51) Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/ edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário.
(EF69LP03C) Identificar, em entrevistas, os principais temas/subtemas abordados, explicações dadas ou teses defendidas.
Sequência de Atividades PRODUÇÃO DE AUTORIA - CONTO
1- O conto
“Grande encontro” é para você ler e se divertir com a intrigante história
criada por Silvana Tavano.
O Grande Encontro
Era uma vez um Autor com uma vaga
ideia para uma nova história. E como nessa história tinha vaga de verdade para
um grande Personagem, pensou em começar sua busca colocando um anúncio no
jornal.
"Procura-se um Personagem
disposto a viver aventuras eletrizantes. Não é necessário ter
experiência no tema, mas algumas características serão
especialmente consideradas: um certo preparo físico, raciocínio rápido e
personalidade carismática."
O primeiro candidato a se
apresentar foi logo dizendo:
- Participei de passagens importantes de muitos livros
famosos, imortalizados por personagens
estrelados.
- Ah, parabéns! O senhor tem razão. Os grandes
personagens não envelhecem. Mas, se entendi bem, o senhor nunca foi o
protagonista desses enredos, certo? Enfim... É uma pena, mas um coadjuvante de
idade avançada não é o que busco. Desculpe!
Dois dias e muitas páginas
amassadas depois, o Autor recebe outro candidato - um tipo muito
sincero, mas bastante imaturo.
- Já passei por muitas imaginações, mas...
- Mas?
- Nunca cheguei ao papel...
- Ah...
- Tenho muito potencial, mas...
- Mas?
- Preciso de alguém que acredite em mim, que me decifre
e me revele com todas as letras, entende?
- Você é muito interessante. Mas...
Na semana seguinte, com a cabeça
embaralhada e ainda sem um herói à vista, o Autor começa a pensar em outras
possibilidades e, repentinamente, tem uma grande ideia: e se o narrador
transformasse a própria aventura em Personagem? Animado, ele já ia colocar o
texto em ação quando o telefone toca.
- Bom dia. Posso falar com o Autor?
- E o senhor é.......?
- O Personagem.
- Ah, claro, o anúncio...
- Exato, o anúncio. Muito bem escrito, por sinal.
- ...?
- Quantos livros o senhor publicou?
- ... !?!
- Alô? Alô, o senhor está na linha?
- Sim... Claro, estou ouvindo............ Continue, por
favor!
- Desculpe! Espero que não me leve a mal, mas preciso
saber um pouco mais sobre o seu estilo
como é o seu processo criativo, quais gêneros o senhor
domina, se tem livrospremiados...
É que não me encaixo com
naturalidade em qualquer texto. Tenho que sentir alguma consistência literária,
entende?
O Autor experimentou vários
estados de espírito. No início, ficou atônito. Mais que isso, catatônico!
Depois, a palavra certa seria
"irritado". Mas, pouco a pouco, foi se sentindo, como dizer?
Impressionado!
Pois, à medida que respondia às
perguntas do Personagem, foi se surpreendendo mais e mais com suas próprias
palavras.
No dia seguinte, conversaram de
novo. E no outro, outra vez.
Trocaram ideias durante tanto
tempo que acabaram se tornando grandes amigos. Anos depois, eram tão íntimos
que um logo adivinhava o que o outro tinha acabado de pensar e, juntos,
inventaram histórias fabulosas.
Silvana Tavano, autora deste
conto, é jornalista, autora de livros infantis e juvenis e escreve no blog
Diários da Bicicleta.
2- Após ter lido e se
divertido, a proposta é você aproveitar a ideia do texto e ser também o criador
de uma fabulosa história. Utilize o roteiro abaixo e escreva o seu texto.
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TRILHA
DE CONHECIMENTOS
Você
lerá uma entrevista do Daniel Munduruku. Na entrevista você irá observar que
esse tipo de texto tem uma estrutura bem específica.
Quando
desejamos entrevistar alguém, seja uma personalidade ou não, é preciso que
antecipadamente, se conheça um pouco sobre o entrevistado, que se prepare
antecipadamente as perguntas que serão feitas para que as informações coletadas
sejam interessantes ao leitor.
Na leitura desse texto você vai notar que as
perguntas estão destacadas em negrito para que o leitor as identifique. Antes
das perguntas, também aparece um texto introdutório, explicando o contexto em
que a atividade se deu. Sabendo disso, você já pode ler o texto e conhecer um
pouco mais do escritor indígena Daniel Munduruku.
1. Leia atentamente a entrevista, obsevando os
destaques e a organização do texto para responder às questões a seguir.
Era uma vez na minha aldeia A repórter mirim
Maria Flor G., 9 anos, entrevistou o escritor Daniel Munduruku sobre suas obras
e infância. A repórter mirim Maria Flor G., 9 anos, entrevistou o escritor
sobre as obras, a infância e a vida na cidade e na aldeia. O papo ocorreu
durante o encontro nacional de escolas associadas da Organização das Nações
Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura (Rede PEA-Unesco), realizado em
setembro, em Ouro Preto (Minas Gerais). Na conversa, Daniel contou ter sofrido
bullying em uma escola de fora da aldeia por ser diferente das crianças que
estudavam ali. Formado em filosofia e educação, ele fala sobre a importância e
a diversidade dos povos indígenas em livros, palestras e aulas. Confira.
Quando
você começou a escrever histórias?
Publiquei meu primeiro livro em 1996. Antes de
escrever, eu já contava histórias. Um dia, uma criança perguntou onde podia ler
essas histórias. Eu não soube responder, porque o que eu contava, tinha ouvido
quando era criança, lá na aldeia, e não sabia se elas tinham sido registradas.
Descobri que não, então veio a ideia de escrever. Comecei a fazer isso, mas não
virei escritor imediatamente, porque escrever é uma coisa que a gente vai
aprendendo, ninguém nasce escritor. Eu fui me tornando e acho que hoje já sou.
Qual é o seu principal objetivo com os livros?
“Desentortar” o pensamento das pessoas. Eu
tenho a impressão de que nessa idade [público infantojuvenil] as pessoas não
entendem muito bem a vida indígena, por isso, pensam de forma preconceituosa,
às vezes. A minha ideia, ao escrever, é apresentar outra história e, com ela,
fazer as crianças pensarem direito e bem sobre povos indígenas.
Como foi a sua infância?
A lembrança que eu tenho da minha infância no
meio da floresta é muito feliz. Até meus 9 anos, vivi na aldeia. Eu corria,
brincava, nadava no rio, atirava com arco e flecha… Isso acabou quando fui para
a escola. Também no colégio comecei a sentir os primeiros preconceitos das
pessoas contra a minha beleza. Elas ficavam achando que eu era feio, mas eu
sempre me achei bonito e tive orgulho de ser quem eu era. Quando fui para a
cidade — porque a escola ficava lá — o colégio dizia que ter nascido na aldeia
era algo ruim, que eu era atrasado e selvagem. Isso acabou me deixando muito
triste.
Hoje, se você tivesse que sair da
cidade e voltar a viver na aldeia, qual seria a sua reação?
Acho que eu seria do mesmo jeito. É claro que, como tenho acesso a muitas
coisas na cidade, elas me fariam falta na aldeia. Mas, com o tempo, eu iria
aprender a viver sem tudo isso. Embora toda essa tecnologia, ou parte dela, já
esteja nas nossas aldeias. Nossos grupos já estão bem próximos da cidade e da
vida urbana e eles usam tecnologia. O sinal de celular e a internet chegam a
muitas aldeias, mas não a todas.
Seu nome é mesmo Munduruku?
Qual é o significado?
Munduruku é o nome do meu povo, significa
“formigas vermelhas”, porque o povo munduruku é um povo muito guerreiro, assim
como as formigas. Se você mexe com uma formiga, ela não te causa nenhum
problema, mas se mexer com o formigueiro, ele mata uma pessoa. O mesmo acontece
com os munduruku: se mexer com o povo inteiro, ele cria uma força muito grande.
Então, a gente acaba usando o nome do nosso povo como nosso nome. Munduruku não
é meu nome oficial, que aparece na minha identidade. É um nome “artístico”, que
eu uso para saberem de onde sou. Eu não sou Daniel, o indígena, sou Daniel, o munduruku
— assim, eu tenho uma origem, pertenço a um povo. (...)
Eu sei que você não gosta da palavra “índio”,
porque você acha que o Dia do Índio deveria se chamar Dia da Diversidade
Indígena. Você comemora o atual Dia do Índio de alguma forma?
Hoje
essa data é uma data de reflexão, e para o movimento indígena é uma data de
luta. Isso quer dizer que é uma época do ano em que a sociedade está muito mais
atenta ao que acontece com os povos indígenas. Então o movimento indígena, que
é um movimento político, aproveita essa oportunidade. Ele organiza movimentos
em Brasília e em vários lugares do Brasil para chamar a atenção da sociedade. O
19 de abril e a Semana dos Povos
Indígenas, que hoje já se chama Abril Indígena, são mudanças que foram
acontecendo na sociedade. Eu não gosto dessa data porque ela comemora um índio
que não existe, é uma ideia errada que as pessoas têm. Por isso, acho que devia
se chamar Dia da Diversidade Indígena, porque quando se fala “índio”, dá a
impressão de que somos todos iguais, mas não somos. Somos povos diferentes e
somos uma diversidade, então é mais importante sermos tratados como uma
diversidade, porque isso ajuda as escolas a olhar cada povo em particular. Cada
povo vai ser tratado como um povo diferente. No Brasil, são mais de 300 povos,
então, imagina, é uma diversidade muito grande!
Se
você se interessar pelo Daniel Munduruku, quando retornar às aulas, pode
procurar livros dele nas bibliotecas públicas ou na sala de leitura da sua
escola, ou acessar ao ao bolg dele http://danielmunduruku.blogspot.com/p/daniel-munduruku.html
acesso em 26/03/2010.
Fonte: Trechos da entrevista extraídos do
jornal JOCA, edição 139, 7/10/2019 a 21/10/2019.
a)
Quem é o entrevistado?
b)
Em que ele se destaca?
c)
Antes da entrevista propriamente dita,
ou seja, das perguntas da entrevistadora, há um texto que a introduz. Ele é chamado
de texto introdutório, para que serve esse texto?
d)
Munduruku não é o nome oficial de Daniel,
então por que ele usa esse nome?
e)
Para o escritor o termo “índio” não é
apropriado, pois dá impressão de que todos são iguais. Sabemos ainda que esse
termo vem repleto de preconceito e imagens indígenas que não correspondem à
realidade. De que maneira os indígenas
têm comemorado o dia 19 de abril?
f)
Complete o quadro com base nas
informações do texto:
Título
|
Assunto
|
Entrevistado
|
Quando foi publicado
|
Onde foi
publicado
|
Se você se interessar pelo Daniel
Munduruku, quando retornar às aulas, pode procurar livros dele nas bibliotecas
públicas ou na sala de leitura da sua escola, ou acessar ao ao bolg dele http://danielmunduruku.blogspot.com/p/daniel-munduruku.html
acesso em 26/03/2010.
Forma de Avaliação da Aprendizagem : Serão avaliados o envolvimento na realização das atividades, a
compreensão do texto e a interpretação envolvidas nas atividades, as respostas
apresentadas no roteiro de estudo.
Formativa: dar ao aluno a oportunidade de mostrar sua
compreensão sobre o tema proposto. A partir do resultado obtido, é possível
orientar e regular a construção do conhecimento.
Contato : e.mail:
patriciagranso@profeducacao.sp.gov.br
REFERÊNCIAS
BLOGSPOT. Danielmunduruku. Disponível em: http://danielmunduruku.blogspot.com/p/daniel-munduruku.html.
Acesso em: 7 mai. 2020.
NOVAESCOLA. O grande encontro . Disponível
em: https://novaescola.org.br/conteudo/3188/o-grande-encontro. Acesso em: 7
mai. 2020.
professora pode só responde
ResponderExcluirsou o Eduardo Jeronimo 7º ano A
Pode sim Eduardo , como ficar melhor para vc ,ok
Excluirprofessora a trilha de conhecimento tem
ResponderExcluiralgo a ver com o texto que nós temos que fazer
tudo referente ao tema
Excluirpode fazer pelo computador
ResponderExcluirpode sim querida
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirfiz de tema medieval
ExcluirProfessora a Eduarda não entendeu essa atividades
ResponderExcluirProfessora a Eduarda não entendeu essa atividades
ResponderExcluir