Roteiro de Estudos
Professor(a): Mauricio Rezende Zuffo
Componente Curricular:Historia
Turmas:8 B- 8C- 8D-
Número de aulas/data referente: 4aulas ( 22 ate 26-06)
Sensibilização : Devemos analisar o movimento que
se conflagrou pela independência do vice reino da Nova Espanha ( México) onde
foi caracterizado por lutas camponesas pelo direito da terra e vários
questionamentos sociais. No segundo texto devemos refletir sobre o papel dos
escravizados nas colônias espanholas na América. Observar o mapa da america
espanhola.
Habilidade(s) a ser desenvolvida.
(EF08HI07) Identificar e contextualizar as
especificidades dos diversos processos de independência nas Américas, seus
aspectos populacionais e suas conformações territoriais.
(EF08HI08) Conhecer o ideário dos líderes dos movimentos
independentistas e seu papel nas revoluções que levaram à independência das
colônias hispano-americanas
Sequência de Atividades Caros alunos esta atividade deve
ser lida e analisada com o texto1 e 2 como base de seus estudos e faremos uma
analise bibliográfica da figura de Simón Bolivar e José de
San Martin...
Forma de Avaliação da Aprendizagem :Estamos mais uma vez refletindo
a respeito da formação da América independente, as bases
de nossa sociedade moderna, vamos analisar a independência do México e a forma
de colonização Espanhola, vamos desvendar a história da colonização dos povos
nativos da América espanhola e a forma de escravidão.
Referências Livro didático : capitulo 6 pag 90
ate 97
Independência do México
A Independência do México foi conquistada através de um
processo de contestação à colonização que envolveu guerra.
O México foi colonizado pela Espanha com o advento das Grandes Navegações a partir do século XV. Durante quase três séculos, o território que
hoje conhecemos como México esteve sob o domínio dos espanhóis. Foi somente no
início do século XIX que um movimento de emancipação ganhou força e pressionou
a metrópole colonizadora por sua liberdade, pois as divergências políticas e
religiosas haviam se tornado agudas.
A luta pela Independência do México veio à tona na
madrugada do dia 16 de setembro de 1810 quando o padre Miguel Hidalgo y Costilla passou
a liderar um movimento em defesa do México. Seria apenas o início de um
movimento que duraria oito longos anos e passaria por diversas fases e
dificuldades até resultar na emancipação mexicana. Inicialmente, os fatores
religiosos eram proeminentes no conflito, porém, com o tempo, a questão
republicana ganhou força.
O processo de Independência do México não foi algo homogêneo, pelo
contrário, uniu grupos improváveis. Foi formada uma aliança com defensores da
democracia do México, que eram os liberais, e com defensores da implantação de
uma monarquia, que eram os conservadores. Esses dois grupos de perspectivas bem
diversas uniram-se sob o propósito de tornar o México independente e, depois
disso, deixar que ele escolha por si mesmo o próprio destino. O processo passou
por várias fases, contando, inclusive, com movimentos de guerrilha.
José Maria Morelos y Pavón foi quem assumiu o movimento insurgente após a morte de Miguel
Hidalgo. Ele foi responsável por organizar uma estratégia que isolaria a Cidade do México para que fosse promulgada a Independência no dia 6 de novembro de
1813. Porém, em 1815, Morelos seria assassinado e a independência seria
invalidada. Foi então que o rumo da Independência do México assumiu
características de guerra de guerrilha. Entre 1815 e 1821 destacaram-se Guadalupe
Victoria e Vicente Guerrero. Em 1821, Augustín de
Iturbide, um espanhol, passaria a defender a causa da independência. O
exército da libertação entraria na Cidade do México forçando a renúncia do
Vice-rei espanhol e a assinatura do Tratado de Córdoba, no dia 24
de agosto de 1821, que reconhecia o México como nação independente. No entanto,
Iturbide se auto-proclamou imperador, o que levou a uma rebelião dos mexicanos.
O movimento contra Augustín Iturbide levou à criação dos Estados Unidos
Mexicanos, em 1823, consagrando Guadalupe Victoria como
primeiro presidente do país no ano seguinte.
O
TRABALHO INDÍGENA A SERVIÇO DOS ESPANHÓIS (Texto 2)
Nas
áreas colonizadas por espanhóis na América do Sul e Central, o trabalho
indígena foi desde o inicio dessa colonização a base da economia. No caso do
Brasil, onde, o trabalho indígena foi utilizado apenas em uma primeira etapa de
acumulação primitiva de capitais, como um dos fatores necessários para a
formação de um novo modo de produção: o escravismo colonial. Em território
colonial hispânico o braço indígena nunca deixaria de ser utilizado. Ciro
Flamarion Cardoso, em O Trabalho na América Latina Colonial,nos dá uma das
alternativas a essa resposta quando em seus estudos indica que as áreas que se
encontravam sobre o comando de Castela, eram ao contrario do território
brasileiro, as mais bem povoadas das Américas. Com exceção de Cuba, onde o
trabalho escravo foi utilizado, as outras áreas como a Indo-América, que ia do
México boa parte da América Central, os Andes na América do sul e as áreas onde
se desenvolveu atividade missionária como parte da Amazônia e o Paraguai, havia
abundancia de mão-de-obra. Mas isso por si só não basta para explicar como os
índios dessas regiões se submeteram a trabalhar para os seus conquistadores.
Uma segunda assertiva sobre o assunto nos dão Stanley Stein e Barbara Stein, em
A Herança Colonial da América Latina, onde afirmam que no inicio do processo de
colonização dois fatores foram fundamentais: o recrutamento e o financiamento
de bandos militares para eventual utilização em caso de revoltas e a conivência
dos caciques e da nobreza ameríndia que ajudava na manipulação das comunidades
para a obtenção de tributos e trabalho. Entretanto, o mais decisivo para o
sucesso dessas práticas em território hispânico foi o fato de que lá os índios
já estavam acostumados ao trabalho compulsório empregado principalmente pelos
grandes impérios incas, maias e astecas. O chamado modo de produção asiático
era utilizado por esses povos antes da conquista, e por isso o trabalho forçado
não pode ser encarado como altamente penoso aos índios. No Brasil, 2 por
exemplo, onde mesmo as tribos mais avançadas nunca desenvolveram suas forças
produtivas além do nível da subsistência e por esse motivo o trabalho metódico
e rigoroso nunca foi aceito e as revoltas eram constantes.
O MUNDO DO TRABALHO ANTES DA
CONQUISTA
Ao
se depararem com as riquezas do novo mundo que acabaram de descobrir, os
espanhóis ficaram maravilhados com os avanços técnicos de verdadeiros impérios
que então encontraram. Além de edificações monumentais, e um artesanato muitas
vezes talhado em ouro, o que mais impressionou foram as técnicas produtivas
impostas por esses povos. Na analise da categoria histórica dos modos de
produção, esses povos podem ser encaixados como utilizadores do modo de
produção asiático ou servidão coletiva, denominado assim por Jesus, Oscar,
Aquino: O modo de produção asiático caracterizou-se pela existência combinada
de comunidades aldeãs, onde predominavam formas propriedade comum do solo,
organizadas sobre a base das relações de parentesco, e de uma unidade superior
– o Estado – que controlava os recursos econômicos e se apropriava diretamente
de uma parte do excedente do trabalho e da produção dessas comunidades. As
técnicas de produção baseadas em sistemas hidráulicos, reduziam o período de
trabalho nas lavouras, e povos como os astecas se empenhavam apenas algumas
semanas no trabalho, estando o resto do ano livre para as suas conquistas
militares. Os Incas mantinham-se trabalhando durante todo o ano. Quando não
estavam trabalhando nas terras do Estado, do sol, ou as de sua posse, eles se
mantinham no trabalho minucioso da fabricação de ornamentos em ouro para os
templos do sol ou trabalhando naquilo que consideravam sua maior riqueza que
era a fabricação de tecidos. Em muitas comunidades todos trabalhavam inclusive
mulheres e crianças. Fazer corpo mole ao trabalho era motivo de grande vergonha
e castigos públicos. Essa mentalidade comum voltada ao trabalho para uma
produção de excedente e De materiais artesanais será muito útil aos espanhóis
nos primeiros anos de dominação.
INDO-AMÉRICA: ENCOMIENDA, REPARTIMIENTO
E ESCRAVIDÃO
Então os índios não ficam doentes; seus ossos
não doem, seus peitos não ardem, não sentem dores abdominais, não ficam
tuberculosos nem sentem dor de cabeça. Àquela época o curso da humanidade era
pacifico, mas os estrangeiros tornaram-no diferente quando aqui chegaram. O
Livro de Chilam Balam de Chumayel Final do século XVII Ciro Flamarion, em sua
assertiva sobre a distribuição demográfica das Américas antes da conquista,
conclui que essa distribuição deu origem a três áreas da América colonial: a
Indo-América (México, Gutemala, Andes da América do Sul e parte da Amazônia),
Afro-América( Cuba e Brasil), e Euro-América (Costa-Rica, Colômbia). A região
denominada de Indo-América, era a região mais populosa e com as civilizações mais
desenvolvidas antes da conquista. Mesmo havendo uma queda brusca da população
causada pelo choque epidemiológico no contato com ou europeus nos primeiros
anos da colônia, em pouco tempo a população indígena voltou a se regenerar e o
trabalho de escravos africanos requisitados nos anos de crise demográfica, logo
foi retraído e novamente a base do trabalho da colônia voltou a ser o indígena
e o mestiço. A escravidão indígena na América espanhola foi restrita e
ocorrendo mais em áreas de fronteira onde se podia caçar os índios bravos, pois
estes se recusavam a servir os espanhóis pacificamente. Isso se levarmos as
classificações usuais de escravidão, como esclarece Jacob Gorender em “O
escravismo Colonial”, onde diz que para haver uma escravidão de forma completa
são necessários dois fatores: a propriedade e a sujeição pessoal. Destes
derivam mais dois: a perpetuidade e a hereditariedade. Estes fatores não
afligiram a maioria da população indígena da Indo-América. Na primeira etapa da
colonização espanhola, uma forma de exploração do trabalho indígena foi a mais
utilizada: a encomienda. Esta consistia que como prêmio de conquista as
comunidades indígenas subjugadas eram obrigadas ao pagamento de tributos em
gêneros ou prestações de trabalho. 4 A evolução dessa modalidade de trabalho
foi o repartimiento de índios, ou apenas repartimiento. Aqui, as autoridades
desiguinavam equipes de índios para trabalhar em alguma propriedade por
períodos previamente determinados. O principal fato que propiciou essa evolução
do sistema de trabalho foi não separar o índio de sua comunidade. Nesse
sistema, Stanley e Bárbara Stein, destacam a grande importância dos lideres das
comunidades indígenas (caciques), que faziam os camponeses aceitarem trabalhar
para os espanhóis. Os dois pesquisadores vão além quando afirmam: A efetiva
preservação, organização e manipulação das comunidades indígenas necessitaram
de correspondentes processos de urbanização, cristianização e incorporação das
mesmas a economia da Europa ocidental. Nessa afirmação, fica claro que esse
sistema precisou se modernizar ainda mais para que o trabalho indígena
continuasse a ser controlado sem muito esforço.
RAMOS DA ECONOMIA ONDE O TRABALHO INDÍGENA
TEVE MAIS IMPORTÂNCIA: AGRICULTURA E MINERAÇÃO
Os fazendeiros, donos de lojas, proprietários
e compradores de gado costumam vender seus trabalhadores juntamente com as
propriedades – O quê? Esses trabalhadores indígenas e empregados são livres ou
escravos? – Não importa. Pertencem à fazenda e devem continuar nela a servir. Este
indígena é propriedade do meu senhor. Jerónimo de Mendieta, Historia
Eclesiástica Indiana, 1595 - 1596 Os principais ramos da economia onde se
utilizou o trabalho indígena foram a agricultura e a mineração. As comunidades
indígenas próximas eram pressionadas pela apropriação de suas terras. Estes
procuravam trabalho nas propriedades de particulares que através de
adiantamentos relativos à alimentação, bebidas, sacramentos de batismo e morte,
tornavam estes empréstimos impossíveis de serem pagos e assim tornavam esses
indígenas em escravos por dívidas. 5 Na agricultura prevaleceu a hacienda
hispano-americana , grande propriedade rural possuída por um proprietário
autoritário, utilizando mão-de-obra dependente, exigia pouco capital para a
produção e produzia para um mercado restrito. A forma de trabalho utilizado era
o repartimiento que no Peru se chamava mita. Quando os índios começaram a se
desligar de suas comunidades outras formas de trabalho foram surgindo, como os
terrazgueros e peones( México), yanaconas (Peru) , inquilinos (Chile), e
huasipungos (equador). Se a agricultura era o setor primário da economia, a
mineração era o setor que multiplicava outros setores da economia devido a sua
necessidade de centro consumidor. A produção se deu de inicio nas Antilhas e na
América central, prioritariamente na forma de extração de ouro de aluvião, com
emprego de índios escravizados. Posteriormente com a descoberta das minas de
prata no Peru e Alto Peru (Bolívia), o trabalho escravo foi substituido pela
encomienda. Aqui os índios que faziam a ecomienda podiam trabalhar durante a
sua semana de descanso para receber um salário maior. Esse salário não era
totalmente efetivo, já que em parte eram alimentos, tecidos e bebidas
alcoólicas. Além do trabalho, uma parte do minério extraído acima da quantidade
estipulada era entregue ao trabalhador (partido). Foi nas regiões de mineração
onde os trabalhadores receberam a maior remuneração monetária. UM NOVO AGENTE
SOCIAL: O MESTIÇO Na Espanha, o fato de não se possuir ascendentes judeus ou
árabes constitui uma espécie de título de nobreza; na América, a cor da pele (
mais ou menos branca) indica a posição social do individuo. A. von Humboldt.
Essai politique sur le royaume de la nouvelle Espagne,1807 Pela incapacidade do
Estado em controlar o fluxo total de europeus que se aventurava na busca por
metais preciosos no interior da colônia, outro agente histórico do trabalho na
colônia estaria por surgir: o mestiço. 6 De inicio incentivado pela metrópole,
a união de europeus com filhas da nobreza ameríndia tinha o intuito de
pacificar os índios. Mas principalmente nas áreas mineradoras, os europeus
viviam como parasitas nas comunidades indígenas e tomavam as mulheres como suas
esposas. Logo, as próprias mulheres ameríndias descobriram que o fruto dessas
uniões não seria considerado índio, e, portanto, desobrigado do trabalho
forçado e das restrições impostas aos índios. Mas a sociedade da colônia até
então dividida em duas classes, agora via o surgimento de uma terceira que não
seria aceita por nenhuma das duas anteriores. Longe do trabalho forçado e muito
mais da nobreza, eles se engajam no artesanato e em trabalhos assalariados ou
se tornavam vagabundos e desocupados. Com o desenvolvimento das haciendas,
essas condições dos mestiços começaram a mudar, pois, a necessidade de
trabalhadores livres para os cargos de capatazia e controle das massas de
trabalhadores ameríndios, elevou o papel dos mestiços no mundo do trabalho da
colônia.
O QUE DIZIA A IGREJA?
Em
sua primeira fase, a administração da colônia coube à Igreja que era
encarregada de reunir os índios em reduções ou aldeamentos congregando em
povoados relativamente grandes para facilitar o seu uso como trabalhadores, a
cobrança de tributo indígena e a evangelização. Sobre a obtenção do trabalho
indígena nos falam Stanley e Barbara Stein: O pároco trabalha lado a lado com o
corrigidor ou alcaide mayor. Quase invariavelmente espanhol ou criollo, mantido
por dízimos e taxas religiosas, administrava aos indígenas os sacramentos aos
quais tinham direito e serviam de mediador entre o cosmos e o mundo ameríndio,
via legitimação da hierarquia , subordinação e controle. Esse controle exercido
pela Igreja era agora necessário para tornar os índios mais dóceis e
trabalharem diariamente sem pensar em revoltas. As definições sobre trabalho
compulsório afirmam que onde ele existiu, uma religião de Estado se fez 7
necessária para a obtenção do trabalho. Nos impérios incas e astecas, a
religião servia para dar alegria ao trabalhador que em época de recrutamento
tinha que antes de tudo laborar nas terras dos “deuses” e em seguida nas do
Estado e por ultimo as de sua posse. Mas a Igreja não era em todos os aspectos
conivente com os desejos do Estado. A ordem jesuíta, por exemplo, sempre lutou
quanto aos exageros na obtenção do trabalho indígena, disso nos fala Ciro
Flamarion: Para impedir as formas extremas de exploração dos índios, inclusive
a sua escravização; e quando possível tendo em vista sua proteção, para
segregá-los da população européia, negra e mestiça. A ação do famoso dominicano
Las Casas foi importante em preparar as “leis novas” de 1542-1543 pelo
imperador Carlos V, as quais mudaram consideravelmente o rumo das formas de
trabalho indígena na América espanhola. As missões realizadas pelos jesuítas
principalmente em áreas de fronteira, tinham o intuído de evangelizar,
catequizar e livrar os índios dos trabalhos escravos na mineração. Essas
comunidades tiveram problemas no século XVIII, quando o tratado de Madrid, onde
ficava estipulada a transferência dos índios para outra região, algo que os
índios não aceitaram e decidiram lutar para permanecer em suas terras. Mesmo
tendo a ordem expressa da igreja católica para abandonar o local, alguns
missionários como o padre Lourenço Balda da missão de São Miguel, permaneceram
e ajudaram a organizar o levante.
Atividades:
1) Leitura
dos texto
2) Fichamento dos textos
4) Encaminhar via @ as atividades (
fichamento, e bibliografia)
5) Pintar de acordo com a data de
emancipação politica adminstrativa de cada nação.
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