Roteiro de Estudos
Professor(a): Mauricio Rezende Zuffo
Componente Curricular: História
Turmas:3 A -3B
Número de aulas/data referente: 2 aulas 07-10-07
Sensibilização : Crise do liberalismo no Brasil (
O Brasil e a crise de 1929)
Habilidade(s) a ser desenvolvida EF09HI10 Identificar e relacionar as dinâmicas do
capitalismo (...)
(EF09HI09) Relacionar as conquistas de direitos
políticos, sociais e civis à atuação de movimentos sociais. as crises, os grandes conflitos mundiais vivenciados no século XX.
Sequência de Atividades Caros
alunos esta atividade deve ser lida e feita um fichamento dos textos analisando
este momento da história do Brasil amado por alguns e questionado por outros,
mais inegavelmente devemos reconhecer que a era Vargas é um grande construção do
Brasil.
Forma de Avaliação da Aprendizagem : Estamos construindo o entendimento das formações sociais
do século XX.A pesquisa e o fichamento serão avaliados.
Referência: livro didático
: Autoritarismo e nacionalismo, A crise
do liberalismo no Brasil, paginas 98, 99,100, 101
Era Vargas - Estado Novo (1937 - 1945) Texto 1
Logo que decretou o Estado Novo, Getúlio Vargas realizou o
anúncio de uma nova constituição para o Brasil. Conhecida como “Constituição
Polaca”, a Constituição de 1937 reafirmou vários dispositivos que alargaram os
poderes do presidente e acabaram com os partidos políticos que disputavam vagas
no Poder Legislativo. Dessa forma, eram lançadas as bases de sustentação dessa
nova ditadura.
Além de desmobilizar os grupos políticos do país, Vargas também reforçou o apoio ao regime ao fortalecer o tom populista que intermediava sua relação com os trabalhadores. A efetivação dos direitos trabalhistas e a propaganda positiva dedicada ao governo logo surtiu efeito quando observamos manifestações de oposição mínimas ao Estado Novo. Vargas era aceito enquanto líder capaz e necessário para se combater a ameaça comunista e promover o desenvolvimento nacional.
No âmbito econômico, o Estado Novo abriu vários institutos e agências responsáveis pela regulamentação de várias atividades. Além disso, vale destacar o grande investimento feito na indústria pesada. A Fábrica Nacional de Motores, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Companhia Vale do Rio Doce e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco eram algumas das estatais que deveriam abrir portas para o surgimento de outras indústrias no país.
Mostrando sua faceta controladora, Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Esse órgão tinha como função primordial enaltecer os feitos do governo através de cartazes, notícias e imagens enaltecedoras. Por outro lado, esse mesmo órgão promovia a censura de todo o material ou manifestação artística interessada em criticar as ações do Estado Novo.
Fortalecendo seu elo com as classes trabalhadoras, Vargas oficializou a jornada de trabalho com 44 horas semanais, criou a carteira de trabalho e determinou o salário mínimo do trabalhador. Por meio desse conjunto de ações, ele buscava desmobilizar qualquer possibilidade de insatisfação contra seu regime. Para muitos trabalhadores, o ditador era visto como agente dos interesses nacionais e defensor das necessidades dos menos privilegiados.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a autonomia da política externa de Vargas tomou outros rumos. Antes disso, o habilidoso político demonstrava favor ao regime nazista ao mesmo tempo em que preservava relações com o governo norte-americano. Dada a eclosão da guerra, o posicionamento neutro de Vargas logo se tornou insustentável. Após receber um empréstimo de 20 milhões de dólares dos EUA e ter navios brasileiros afundados pelos alemães, o Brasil aderiu ao bloco dos países aliados.
O breve e bem sucedido papel das tropas brasileiras na Segunda Guerra acabou gerando uma contradição: a ditadura de Vargas mandou tropas para defender a democracia no continente europeu. Mediante essa situação, fortes pressões se mobilizaram para que o Estado Novo chegasse ao fim. Em 1945, o governo marcou eleições diretas para presidente no mês de dezembro. Deposto pelos militares em 30 de outubro daquele mesmo ano, o ex-presidente disputou e venceu as eleições como senador pelo Rio Grande do Sul.
Além de desmobilizar os grupos políticos do país, Vargas também reforçou o apoio ao regime ao fortalecer o tom populista que intermediava sua relação com os trabalhadores. A efetivação dos direitos trabalhistas e a propaganda positiva dedicada ao governo logo surtiu efeito quando observamos manifestações de oposição mínimas ao Estado Novo. Vargas era aceito enquanto líder capaz e necessário para se combater a ameaça comunista e promover o desenvolvimento nacional.
No âmbito econômico, o Estado Novo abriu vários institutos e agências responsáveis pela regulamentação de várias atividades. Além disso, vale destacar o grande investimento feito na indústria pesada. A Fábrica Nacional de Motores, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Companhia Vale do Rio Doce e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco eram algumas das estatais que deveriam abrir portas para o surgimento de outras indústrias no país.
Mostrando sua faceta controladora, Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Esse órgão tinha como função primordial enaltecer os feitos do governo através de cartazes, notícias e imagens enaltecedoras. Por outro lado, esse mesmo órgão promovia a censura de todo o material ou manifestação artística interessada em criticar as ações do Estado Novo.
Fortalecendo seu elo com as classes trabalhadoras, Vargas oficializou a jornada de trabalho com 44 horas semanais, criou a carteira de trabalho e determinou o salário mínimo do trabalhador. Por meio desse conjunto de ações, ele buscava desmobilizar qualquer possibilidade de insatisfação contra seu regime. Para muitos trabalhadores, o ditador era visto como agente dos interesses nacionais e defensor das necessidades dos menos privilegiados.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a autonomia da política externa de Vargas tomou outros rumos. Antes disso, o habilidoso político demonstrava favor ao regime nazista ao mesmo tempo em que preservava relações com o governo norte-americano. Dada a eclosão da guerra, o posicionamento neutro de Vargas logo se tornou insustentável. Após receber um empréstimo de 20 milhões de dólares dos EUA e ter navios brasileiros afundados pelos alemães, o Brasil aderiu ao bloco dos países aliados.
O breve e bem sucedido papel das tropas brasileiras na Segunda Guerra acabou gerando uma contradição: a ditadura de Vargas mandou tropas para defender a democracia no continente europeu. Mediante essa situação, fortes pressões se mobilizaram para que o Estado Novo chegasse ao fim. Em 1945, o governo marcou eleições diretas para presidente no mês de dezembro. Deposto pelos militares em 30 de outubro daquele mesmo ano, o ex-presidente disputou e venceu as eleições como senador pelo Rio Grande do Sul.
O que foi a Revolução de 1930 (Texto 2)
A Revolução
de 1930 é considerada o acontecimento da história do período
republicano brasileiro que pôs fim à chamada República Velha e, mais do que isso, foi o acontecimento que
também deu fim às articulações políticas entre as oligarquias regionais do
Brasil, que sobrepunham os seus interesses particulares aos interesses do
Estado e da Nação como um todo. O principal protagonista da Revolução de 1930
foi Getúlio Dorneles Vargas, então presidente (nome que se dava aos
governadores da época) do estado do Rio Grande do Sul. Para melhor
compreendermos esse episódio de nossa história, é necessário saber qual era o
cenário político da época. É o que será exposto no tópico seguinte.
·
A
formação da Aliança Liberal (AL) e as Eleições de 1930
O cenário
político do biênio 1929-1930 foi um dos mais conturbados não só para o Brasil,
mas também para boa parte do mundo, sobretudo em virtude das consequências
da Grande Depressão Americana, provocada pelo “crash” da Bolsa
de Nova York. A economia cafeeira paulista, que movimentava grande parte da
economia brasileira à época, foi diretamente atingida por esses fatores
externos. A oligarquia que comandava esse setor da economia também tinha o
controle do poder político e buscava delinear um futuro de recondução à
estabilidade econômica por meio da sucessão no cargo da presidência da
República. Em 1929, o presidente era o paulista Washington Luís,
que, contrariando os acordos da “política do café com leite”, indicou como seu sucessor outro político
paulista, Júlio Prestes.
Essa
desavença entre as oligarquias de São Paulo e Minas foi acompanhada da
organização de uma outra frente, formada por políticos de outros estados, como
Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro. Essa frente ficou
conhecida como Aliança Liberal, ou AL. O
objetivo da AL era lançar candidatos à presidência e à vice-presidência que
viabilizassem uma alternativa ao joguete oligárquico. Os candidatos em questão,
para disputar as eleições de 1930, eram Getúlio Vargas,
presidente do Rio Grande do Sul (para a presidência), e João Pessoa,
presidente da Paraíba (para a vice-presidência).
Apesar da
grande popularidade que a Aliança Liberal chegou a atingir, a chapa de Vargas e
Pessoa não conseguiu concorrer em pé de igualdade com a máquina eleitoreira dos
paulistas. Washington Luís trabalhou firme para que Júlio Prestes fosse eleito.
Isso implicava a mobilização de toda a estrutura de fraudes das urnas, coerções
e compras de votos e busca de apoio de outros presidentes de estados – no
total, 17 apoiaram Júlio Prestes. O resultado foi esmagador. Com a apuração dos
votos, em 21 de maio de 1930, contou-se 1.091.709 votos a favor de Prestes
contra 742.794 obtidos por Vargas.
·
Associação
da AL com os tenentes e o assassinato de João Pessoa
Insatisfeitos
com o resultado fraudulento, os membros da Aliança Liberal passaram a articular
soluções alternativas para o caso. A mais proeminente era a saída
revolucionária. Para tanto, era necessário o apoio de militares. Esse apoio foi
encontrado entre os oficiais de baixa patente, os tenentes, que já possuíam um histórico de atividade no
campo político desde o início da República Velha. Como dizem as historiadoras
Lilia Schawarcz e Holoisa Starling, em seu livro Brasil: uma biografia:
A
alternativa de enveredar por uma solução armada não era fanfarronada dos jovens
líderes civis – ela contava com a firme adesão dos tenentes. O grupo de
oficiais subalternos, remanescentes das intervenções militares dos anos 1920,
estava ferido nos seus brios, buscava o poder que não conseguiria desde a
Proclamação da República e não se sentia disposto a deixar esse poder escapar
sem luta. Os tenentes possuíam experiência militar, eram idealistas,
politicamente inquietos, gozavam da admiração da tropa e de simpatia entre os
setores médios da população e a massa de trabalhadores urbanos.
O apoio
dos tenentes também implicava a associação entre as lideranças civis de
prestígio, como Vargas, e “um punhado de jovens oficiais capacitado a aliar a
influência dentro e fora dos quartéis com a condução militar da rebelião
pretendida pelos três estados dissidentes – Juarez Távora, Siqueira Campos,
Eduardo Gomes, João Alberto, Miguel Costa, Agildo Barata, Juracy
Magalhães.” . Entretanto, faltava o estopim, o gatilho, para que a
revolução estourasse e ganhasse a adesão popular. Esse estopim ocorreu na
Paraíba.
O
candidato a vice de Getúlio, João Pessoa, foi assassinado em 26 de julho de
1930, em uma confeitaria na cidade de Recife. O assassino era João
Duarte Dantas, adversário político de Pessoa. Entretanto, as motivações do assassinato
foram de cunho mais pessoal do que político. Dantas acusou Pessoa de ter
ordenado a invasão de seu escritório, onde foram colhidas cartas íntimas, que
foram publicadas e disseminadas pela Paraíba.
Quaisquer
que fossem os motivos de Dantas, o assassinato de pessoa logo se transformou na
alavanca para a revolução. Ações militares passaram a ocorrer em vários locais
diferentes do Brasil ao mesmo tempo. Em 24 de outubro, o poder
estava nas mãos da AL. Washington Luís foi deposto do cargo e logo exilado.
·
Getúlio
Vargas no poder
Getúlio
Vargas, como líder articulador da revolução, logo ficou incumbido da
organização do novo governo, que teria caráter provisório, cujo objetivo maior
era desintegrar a estrutura política oligárquica. Como dizem as historiadoras
citadas acima:
Vargas não pretendia pôr em risco sua própria
conquista. Estava claro que, se promovesse eleições, as elites regionais, cujas
estruturas de mando na esfera estadual permaneciam intactas, venceriam. Para
institucionalizar a nova ordem, seria preciso transformar o sistema político e
consolidar um amplo programa de reformas sociais, administrativas e políticas.
O projeto era ambicioso, não podia ser executado da noite para o dia, mas nem o
próprio Távora poderia prever que a ditadura que defendia, em 1930, se
estenderia por quinze longos anos, com um breve interregno constitucional de
1934 a 1937
Atividades
1-Leitura do texto.
2- Fichamento .
3- Pesquisa . A Revolução Constitucionalista de 1932
4- Mandar o fichamento (legível ) e pesquisa com
nome número serie turma ( ex Mauricio número 00 serie 4 turma E )
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