sexta-feira, 10 de julho de 2020

EM 3ª série - História - Professor Maurício (06/07 a 10/07)



Roteiro de Estudos
Professor(a): Mauricio Rezende Zuffo
Componente Curricular: História
Turmas:3 A -3B
Número de aulas/data referente: 2 aulas  07-10-07

Sensibilização : Crise do liberalismo no Brasil ( O Brasil e a crise de 1929)

Habilidade(s) a ser desenvolvida EF09HI10 Identificar e relacionar as dinâmicas do capitalismo (...)
(EF09HI09) Relacionar as conquistas de direitos políticos, sociais e civis à atuação de movimentos sociais. as crises, os grandes conflitos mundiais vivenciados no século XX.


Sequência de Atividades Caros alunos esta atividade deve ser lida e feita um fichamento dos textos analisando este momento da história do Brasil amado por alguns e questionado por outros, mais inegavelmente devemos reconhecer que a era Vargas é um grande construção do Brasil.

Forma de Avaliação da Aprendizagem : Estamos construindo o entendimento das formações sociais do século XX.A pesquisa e o fichamento serão avaliados.

Contato zuffo@prof.educacao.sp.gov.br / telefone ZAP 19971094591


Referência: livro didático :  Autoritarismo e nacionalismo, A crise do liberalismo no Brasil, paginas 98, 99,100, 101
Era Vargas - Estado Novo (1937 - 1945) Texto 1
Logo que decretou o Estado Novo, Getúlio Vargas realizou o anúncio de uma nova constituição para o Brasil. Conhecida como “Constituição Polaca”, a Constituição de 1937 reafirmou vários dispositivos que alargaram os poderes do presidente e acabaram com os partidos políticos que disputavam vagas no Poder Legislativo. Dessa forma, eram lançadas as bases de sustentação dessa nova ditadura.

Além de desmobilizar os grupos políticos do país, Vargas também reforçou o apoio ao regime ao fortalecer o tom populista que intermediava sua relação com os trabalhadores. A efetivação dos direitos trabalhistas e a propaganda positiva dedicada ao governo logo surtiu efeito quando observamos manifestações de oposição mínimas ao Estado Novo. Vargas era aceito enquanto líder capaz e necessário para se combater a ameaça comunista e promover o desenvolvimento nacional.

No âmbito econômico, o Estado Novo abriu vários institutos e agências responsáveis pela regulamentação de várias atividades. Além disso, vale destacar o grande investimento feito na indústria pesada. A Fábrica Nacional de Motores, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Companhia Vale do Rio Doce e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco eram algumas das estatais que deveriam abrir portas para o surgimento de outras indústrias no país.

Mostrando sua faceta controladora, Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Esse órgão tinha como função primordial enaltecer os feitos do governo através de cartazes, notícias e imagens enaltecedoras. Por outro lado, esse mesmo órgão promovia a censura de todo o material ou manifestação artística interessada em criticar as ações do Estado Novo.

Fortalecendo seu elo com as classes trabalhadoras, Vargas oficializou a jornada de trabalho com 44 horas semanais, criou a carteira de trabalho e determinou o salário mínimo do trabalhador. Por meio desse conjunto de ações, ele buscava desmobilizar qualquer possibilidade de insatisfação contra seu regime. Para muitos trabalhadores, o ditador era visto como agente dos interesses nacionais e defensor das necessidades dos menos privilegiados.

Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a autonomia da política externa de Vargas tomou outros rumos. Antes disso, o habilidoso político demonstrava favor ao regime nazista ao mesmo tempo em que preservava relações com o governo norte-americano. Dada a eclosão da guerra, o posicionamento neutro de Vargas logo se tornou insustentável. Após receber um empréstimo de 20 milhões de dólares dos EUA e ter navios brasileiros afundados pelos alemães, o Brasil aderiu ao bloco dos países aliados.

O breve e bem sucedido papel das tropas brasileiras na Segunda Guerra acabou gerando uma contradição: a ditadura de Vargas mandou tropas para defender a democracia no continente europeu. Mediante essa situação, fortes pressões se mobilizaram para que o Estado Novo chegasse ao fim. Em 1945, o governo marcou eleições diretas para presidente no mês de dezembro. Deposto pelos militares em 30 de outubro daquele mesmo ano, o ex-presidente disputou e venceu as eleições como senador pelo Rio Grande do Sul.

O que foi a Revolução de 1930 (Texto 2)

Revolução de 1930 é considerada o acontecimento da história do período republicano brasileiro que pôs fim à chamada República Velha e, mais do que isso, foi o acontecimento que também deu fim às articulações políticas entre as oligarquias regionais do Brasil, que sobrepunham os seus interesses particulares aos interesses do Estado e da Nação como um todo. O principal protagonista da Revolução de 1930 foi Getúlio Dorneles Vargas, então presidente (nome que se dava aos governadores da época) do estado do Rio Grande do Sul. Para melhor compreendermos esse episódio de nossa história, é necessário saber qual era o cenário político da época. É o que será exposto no tópico seguinte.
·         A formação da Aliança Liberal (AL) e as Eleições de 1930
O cenário político do biênio 1929-1930 foi um dos mais conturbados não só para o Brasil, mas também para boa parte do mundo, sobretudo em virtude das consequências da Grande Depressão Americana, provocada pelo “crash” da Bolsa de Nova York. A economia cafeeira paulista, que movimentava grande parte da economia brasileira à época, foi diretamente atingida por esses fatores externos. A oligarquia que comandava esse setor da economia também tinha o controle do poder político e buscava delinear um futuro de recondução à estabilidade econômica por meio da sucessão no cargo da presidência da República. Em 1929, o presidente era o paulista Washington Luís, que, contrariando os acordos da “política do café com leite”, indicou como seu sucessor outro político paulista, Júlio Prestes.
Essa desavença entre as oligarquias de São Paulo e Minas foi acompanhada da organização de uma outra frente, formada por políticos de outros estados, como Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraíba e Rio de Janeiro. Essa frente ficou conhecida como Aliança Liberal, ou AL. O objetivo da AL era lançar candidatos à presidência e à vice-presidência que viabilizassem uma alternativa ao joguete oligárquico. Os candidatos em questão, para disputar as eleições de 1930, eram Getúlio Vargas, presidente do Rio Grande do Sul (para a presidência), e João Pessoa, presidente da Paraíba (para a vice-presidência).
Apesar da grande popularidade que a Aliança Liberal chegou a atingir, a chapa de Vargas e Pessoa não conseguiu concorrer em pé de igualdade com a máquina eleitoreira dos paulistas. Washington Luís trabalhou firme para que Júlio Prestes fosse eleito. Isso implicava a mobilização de toda a estrutura de fraudes das urnas, coerções e compras de votos e busca de apoio de outros presidentes de estados – no total, 17 apoiaram Júlio Prestes. O resultado foi esmagador. Com a apuração dos votos, em 21 de maio de 1930, contou-se 1.091.709 votos a favor de Prestes contra 742.794 obtidos por Vargas.
·         Associação da AL com os tenentes e o assassinato de João Pessoa
Insatisfeitos com o resultado fraudulento, os membros da Aliança Liberal passaram a articular soluções alternativas para o caso. A mais proeminente era a saída revolucionária. Para tanto, era necessário o apoio de militares. Esse apoio foi encontrado entre os oficiais de baixa patente, os tenentes, que já possuíam um histórico de atividade no campo político desde o início da República Velha. Como dizem as historiadoras Lilia Schawarcz e Holoisa Starling, em seu livro Brasil: uma biografia:
A alternativa de enveredar por uma solução armada não era fanfarronada dos jovens líderes civis – ela contava com a firme adesão dos tenentes. O grupo de oficiais subalternos, remanescentes das intervenções militares dos anos 1920, estava ferido nos seus brios, buscava o poder que não conseguiria desde a Proclamação da República e não se sentia disposto a deixar esse poder escapar sem luta. Os tenentes possuíam experiência militar, eram idealistas, politicamente inquietos, gozavam da admiração da tropa e de simpatia entre os setores médios da população e a massa de trabalhadores urbanos. 
O apoio dos tenentes também implicava a associação entre as lideranças civis de prestígio, como Vargas, e “um punhado de jovens oficiais capacitado a aliar a influência dentro e fora dos quartéis com a condução militar da rebelião pretendida pelos três estados dissidentes – Juarez Távora, Siqueira Campos, Eduardo Gomes, João Alberto, Miguel Costa, Agildo Barata, Juracy Magalhães.” . Entretanto, faltava o estopim, o gatilho, para que a revolução estourasse e ganhasse a adesão popular. Esse estopim ocorreu na Paraíba.
O candidato a vice de Getúlio, João Pessoa, foi assassinado em 26 de julho de 1930, em uma confeitaria na cidade de Recife. O assassino era João Duarte Dantas, adversário político de Pessoa. Entretanto, as motivações do assassinato foram de cunho mais pessoal do que político. Dantas acusou Pessoa de ter ordenado a invasão de seu escritório, onde foram colhidas cartas íntimas, que foram publicadas e disseminadas pela Paraíba.
Quaisquer que fossem os motivos de Dantas, o assassinato de pessoa logo se transformou na alavanca para a revolução. Ações militares passaram a ocorrer em vários locais diferentes do Brasil ao mesmo tempo. Em 24 de outubro, o poder estava nas mãos da AL. Washington Luís foi deposto do cargo e logo exilado.
·         Getúlio Vargas no poder
Getúlio Vargas, como líder articulador da revolução, logo ficou incumbido da organização do novo governo, que teria caráter provisório, cujo objetivo maior era desintegrar a estrutura política oligárquica. Como dizem as historiadoras citadas acima:
Vargas não pretendia pôr em risco sua própria conquista. Estava claro que, se promovesse eleições, as elites regionais, cujas estruturas de mando na esfera estadual permaneciam intactas, venceriam. Para institucionalizar a nova ordem, seria preciso transformar o sistema político e consolidar um amplo programa de reformas sociais, administrativas e políticas. O projeto era ambicioso, não podia ser executado da noite para o dia, mas nem o próprio Távora poderia prever que a ditadura que defendia, em 1930, se estenderia por quinze longos anos, com um breve interregno constitucional de 1934 a 1937

Atividades
1-Leitura do texto.
2- Fichamento .
3- Pesquisa .  A Revolução Constitucionalista de 1932
4- Mandar o fichamento (legível ) e pesquisa com nome número serie turma ( ex Mauricio número 00 serie 4  turma E )



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