Roteiro de Estudos
Professor(a): LUCIRENE MAURICIO MOMETTI
Componente
Curricular: ARTE
Turmas: 2ºs ANOS ENSINO MÉDIO – A
- B
Número de
aulas/data referente: 04 aulas – Semana de 06 a 10 de julho de 2020
Sensibilização : "A composição deve ser
uma de nossas preocupações constantes, até nos encontrarmos prestes a tirar uma
fotografia; e então, devemos ceder lugar à sensibilidade" . Henri Cartier-Bresson
Habilidade(s)
a ser desenvolvida :
Vivenciar a criação
poética durante o fazer da construção artística, inventando o seu modo de
fazer.• Investigar as potencialidades das relações entre linguagens artísticas
e forma-conteúdo
Sequência de Atividades :
1 – Copie o texto sobre FOTOGRAFIA, no caderno de
desenho ou sulfite com margem de 1 cm nos 4 lados, a lápis;
2 - NÃO SE ESQUEÇA
DE COLOCAR SEU NOME COMPLETO, NÚMERO E SÉRIE, E ENVIAR no e-mail abaixo esta
atividade, na ordem que você copiou.
Forma de
Avaliação da Aprendizagem serão avaliados a compreensão dos procedimentos e o
desenvolvimento das atividades. A entrega das mesmas, o capricho e o interesse
do aluno.
Contato : E-mail : lucim_mometti@hotmail.com -
para enviar as atividades e estou à disposição para esclarecer dúvidas.
Referências caderno do aluno, Livro Didático, Internet,
Youtube
FOTOGRAFIA
– 2ºS ANOS
Elementos da Linguagem Fotográfica
Como
forma de orientar o estudo da fotografia, descrevemos a seguir alguns elementos
da linguagem fotográfica e suas finalidades.
1. Ponto de vista e composição:
A
capacidade para selecionar e dispor os elementos de uma fotografia depende em
grande parte do ponto de vista do fotógrafo. Na verdade, o lugar onde ele
decide se colocar para bater uma foto constitui uma de suas decisões mais
críticas. Muitas vezes uma alteração, mesmo mínima, do ponto de vista, pode
alterar de forma drástica o equilíbrio e a estrutura da foto.
Por
isso torna-se indispensável andar de um lado para o outro, aproximar-se e
afastar-se da cena, colocar-se em um ponto superior ou inferior a ela, a fim de
observar o efeito produzido na fotografia por todas essas variações. A
composição nada mais é do que a arte de dispor os elementos, do assunto a ser
fotografado, da forma que melhor atenda nossos objetivos.
2. Planos:
Os
Planos determinam o distanciamento da câmera em relação ao objeto fotografado,
levando-se em conta a organização dos elementos dentro do enquadramento
realizado. Os planos dividem-se em três grupos principais (seguindo-se a
nomenclatura cinematográfica) Plano
Geral, Plano Médio, Primeiro Plano. Uma mesma fotografia pode conter
vários planos, sendo classificada por aquele que é responsável por suas
características principais.
· Plano Geral: o ambiente é o elemento primordial. O sujeito é
um elemento dominado pela situação geográfica.
· Plano Médio: neste plano, sujeito ou assunto fotografados
estão ocupando boa parte do quadro, deixando espaço para outros elementos que
deverão completar a informação. Este plano é bastante descritivo, narrando a
ação e o sujeito.
· Primeiro Plano: enquadra o sujeito dando destaque ao gesto,
à emoção, à fisionomia, podendo também ser um plano de detalhe, onde a textura
ganha força e pode ser utilizada na criação de fotografias abstratas.
Também é comum utilizarmos a
expressão "Segundo Plano" para nos referirmos a assuntos, pessoas ou
objetos, que mesmo não estando em destaque ou determinando o sentido da foto,
têm sua importância.
3. Perspectiva:
As
fotografias são bidimensionais: possuem largura e comprimento, e para se
conseguir o efeito de profundidade é preciso que uma terceira dimensão seja
introduzida: a perspectiva.
Sem
dúvida a perspectiva não passa de uma ilusão de ótica. Quando seguramos um
livro, mantendo o braço esticado, este objeto dará a impressão de ser tão
grande quanto uma casa situada a uma centena de passos. Quanto mais se reduz a
distância entre o livro e a casa, mais os objetos se aproximam de suas
verdadeiras dimensões. Só quando o livro se encontra em um plano idêntico ao da
casa, é que o tamanho aparente de cada um deles equivale com exatidão ao real.
Através
da perspectiva, linhas retas e paralelas dão a impressão de convergir, objetos
que encobrem parcialmente a outros dão a sensação de profundidade, e através do
distanciamento dos objetos temos a sensação de parecerem menores.
Podemos
utilizar a perspectiva para criar impressões subjetivas, e o caso de efeitos
de: "Mergulho" fotografar com a câmera num ângulo superior ao
assunto, diminuindo-o com relação ao espectador; e "Contra-mergulho"
a câmera num ângulo inferior ao assunto criando uma sensação de poder, força e
grandeza. Cada um destes recursos deverá ser utilizado de acordo com o contexto
e o objetivo do fotógrafo.
4. Luz, Forma e Tom:
A
maioria dos objetos de uso diário pode ser identificada apenas pelo seu
contorno. A silhueta de um vaso, colocado contra a janela, será reconhecida de
imediato, porque todos nós já vimos muitos vasos antes. Contudo, o espectador
pode apenas tentar adivinhar se ele é liso ou desenhado, ficando com a
incerteza até que consiga divisar com clareza sua forma espacial. E esta
depende da luz.
A
luz é indispensável à fotografia. A própria palavra "fotografia",
cunhada em 1839 por Sir. John Herschel, deriva de dois vocábulos gregos que
significam "escrita com luz". A luz cria sombras e altas-luzes, e é
isso que revela a forma espacial, o tom, a textura e o desenho.
A
fotografia é afetada pela qualidade e direção da luz. Qualidade é o termo que
aplicaremos para definir a natureza da fonte emissora de luz. Ela pode ser
suave, produzindo sombras tênues, com bordas pouco marcadas (por exemplo, a luz
natural em um dia nublado); ou dura, produzindo sombras densas, com bordas bem
definidas (luz do meio-dia).
A
altura e direção da luz têm influência decisiva no resultado final da
fotografia.
Dependendo da posição da luz da
fonte luminosa, o assunto fotografado apresentará iluminada ou sombreada esta
ou aquela face. A seleção cuidadosa da direção da luz nos permite destacar
objetos importantes e esconder entre as sombras aqueles que não nos interessa.
· Luz lateral: é a luz que incide
lateralmente sobre o objeto ou o assunto fotografado, e se caracteriza por
destacar a textura e a profundidade, ao mesmo tempo que determina uma perda de
detalhes ao aumentar consideravelmente a longitude das sombras criando muitas
vezes imagens confusas.
· Luz direta ou frontal: quando uma
cena está iluminada frontalmente, a luz vem por trás do fotógrafo, as sombras
se escondem sob o assunto fotografado. Este tipo de luz reproduz a maior
quantidade de detalhes, anulando a textura e achatando o volume da foto.
· Contra-luz: é a luz que vem por
trás do assunto convertendo-o em silhueta, perdendo por completo a textura e
praticamente todos os detalhes.
Denomina-se Tom a transição das
altas-luzes (áreas claras) para a sombra ( áreas escuras). A gama de cinzas
existente entre o preto e o branco.
Em
uma fotografia onde se vê apenas a silhueta de um objeto, recortada contra um
fundo branco, não existindo portanto tons de cinza. Esta será uma fotografia em
alto-contraste. Uma fotografia que tem apenas alguns tons de cinza predominando
o preto e o branco será considerada uma fotografia dura (bem contrastada). Já
uma imagem onde predominem os tons de cinza poderá ser considerada uma
fotografia suave (pouco contrastada). Existe uma "escala de cinzas"
medida em progressão logarítmica, que vai do branco ao preto. Esta escala é de
grande utilidade, podendo-se através dela interferir no resultado final da
fotografia.
5. Textura:
A
textura e a forma espacial estão intimamente relacionadas, entendendo-se como
textura a forma espacial de uma superfície. É através da textura que muitas
vezes podemos reconhecer o material com o qual foi feito um objeto que aparece
em nossa fotografia, ou podemos afirmar que em tal paisagem o campo que aparece
é gramado ou não de terra.
Uma
fonte luminosa mais dura, forte e lateral, irá privilegiar mais a textura;
enquanto uma luz mais difusa, indireta, suave, poderá fazer desaparecer uma
textura ou diminuir sua intensidade.
A
textura pode ser considerada um fator de importância em uma fotografia, em
virtude de criar uma sensação de tato, em termos visuais, conferindo uma
qualidade palpável à forma plana. Ela não só nos permite determinar a aparência
de um objeto, como nos dá uma idéia da sensação que teríamos em contato com
ele. Podemos, através da luz, acentuar ou eliminar texturas, a ponto de tornar
irreconhecíveis objetos do cotidiano.
6. Linhas e Formas, os Desenhos:
O
desenho pode transformar-se em um tema, e introduzir ordem e ritmo em uma foto
que, sem ele, talvez parecesse caótica. Nos casos onde o seu efeito é muito
grande, ele pode dominar a imagem, a ponto de os outros componentes perderem
quase por completo sua importância.
Linhas
e formas podem ser usadas para criar imagens abstratas, subjetivas, ou para
desviar a atenção do assunto principal de uma fotografia.
7. Foco Profundidade de Campo:
Dentro
dos limites técnicos, temos possibilidades de controlar não só a localização do
foco, como também a quantidade de elementos que ficarão nítidos. Através destes
controles, podemos destacar esta ou aquela área dentro de um assunto
fotografado. E o foco que vai ressaltar um objeto em detrimento dos outros
constantes da foto.
8. Movimento:
Sempre
que um objeto se move em frente à câmera fotográfica, sua imagem projetada
sobre o filme também se move. Se o movimento do objeto é rápido e a câmera fica
aberta, por um tempo relativamente longo, essa imagem ou movimento será
registrada como um borrão, um tremor, ou uma forma confusa. Se o tempo de
exposição for reduzido, o borrão também será reduzido ou até eliminado. Um
tempo de exposição à luz curto (velocidade alta), pode "congelar" o
movimento de um objeto, mostrando sua posição num dado momento. Por outro lado,
um tempo de exposição longo (velocidade baixa), pode ser usado deliberadamente
para acentuar o borrão ou tremor sugerindo uma sensação de movimento.
Apostila redigida e compilada pelo
Corpo Docente da Clínica Fotográfica: Andrea Sendyk, Malu Dabus Frota e Iatã
Cannabrava
Referências Bibliográficas:
·
Coleção Life A Fotografia, O
Aparelho Fotográfico, Estados Unidos
·
Coleção Life A Fotografia,
Manual Completa da Arte e Técnica, Estados Unidos
·
Fuji Photo Film, Aprenda a
Fotografar, São Paulo, SP
·
Eastman Kodak Company, O
Prazer de Fotografar, Ed. Abril Cultural, São Paulo,SP
·
Daimon, Fotografia
Recreativa Para Ñinos, Barcelona, Espanha
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