Roteiro de Estudos
Professor(a): Cíntia Rodrigues
Componente Curricular: Eletiva
Turmas: 6º ao 9º
Número de aulas/data referente: 2
Habilidade(s)
a ser desenvolvida: EF89LP33A: Ler, de forma autônoma, textos de gêneros variados.
Sequência de Atividades: Copie
as perguntas à caneta na folha de caderno ou de almaço e responda a lápis. Não se esqueça de colocar as informações: Nome
da Escola, Disciplina, seu nome, nº, série, nome da escola.
Forma de Avaliação da Aprendizagem: Processual.
Explicação
do conteúdo/ texto de apoio:
LEIA
A CRÔNICA ABAIXO:
TITIA EM APUROS
Carlos
Eduardo Novaes
Minha tia Valda, uma robusta senhora de 68 anos, gostou de uma camisa
polo que viu na vitrine de uma loja de artigos masculinos. Entrou e pediu para experimentar.
- Infelizmente não temos o seu tamanho nessa cor – respondeu o vendedor,
solícito.
Tia Valda mal iniciou a ação de bater em retirada, e o vendedor logo
despejou um monte de camisas à sua frente.
- Temos essa verde...essa lilás...essa que chegou agora, cor telha, é a
última novidade – foi dizendo o vendedor, abrindo as camisas diante de titia. –
A senhora deve ficar muito bem de lilás.
Tia Valda preferiu a preta. Pegou a camisa e viu a letra P na etiqueta.
Perguntou se não tinha M. Não tinha, mas para não perder a comissão, o vendedor
preferiu dizer que P era tamanho da titia. Qualquer vesgo verificaria que tia
Valda, com seu corpo de halterofilista búlgara, não caberia dentro daquela
camisa. O vendedor, porém, veio com a conversa que o fabricante fazia números
maiores e coisa e tal. Titia acreditou e se enfiou no cubículo de experimentar
roupas, que só não se confunde com uma solitária porque há uma cortina no lugar
de grades. Vestiu a camisa, constatou que o P significava P mesmo e, no momento
de retirá-la, ela ficou presa no meio do caminho, cobrindo a cabeça de titia.
Tia Valda ainda insistiu, debatendo-se entre as paredes do cubículo, mas
a camisa encalhara como um navio num banco de areia. Braços erguidos, rosto
coberto, titia começou a sentir calor, falta de ar e foi entrando em pânico.
Para não sair da cabine às cegas, feito um boi-bumbá, resolveu gritar. Mas
gritar o quê? Nunca tinha estado numa situação dessas. O que gritar quando se
luta desesperadamente com uma camisa? Sem se lembrar de nada em especial,
encheu os pulmões e berrou:
- Socorro! Socorro!
Era de ver: a loja inteira se despencou na direção da cabine, vendedores,
fregueses, até a moça do caixa foi atrás.
- Momentinho – pediu o vendedor -, fique calma que nós vamos ajudá-la.
Ele tentou puxar a camisa, mas a essa altura tia Valda tinha o corpo
empapado de suor e a camisa resistia mais do que um burro empacado.
- Eu puxo aqui e você puxa daí – disse o gerente.
Depois de muito esforço, a camisa acabou sendo rasgada, para alívio de
tia Valda, que arfava como se tivesse passado todo esse tempo debaixo d’água.
Ela agradeceu os aplausos e voltou à cabine para se recompor. No momento em que
abotoava a blusa, viu um braço varando a cortina do cubículo. Era o vendedor,
entregando-lhe uma camisa e dizendo:
- A senhora não gostaria de experimentar este outro modelo?
Carlos Eduardo Novaes. A cadeira do dentista e outras crônicas.
7.ed. São Paulo: Ática, 2001. P.18-21.
RESPONDA AS
QUESTÕES SOBRE A CRÔNICA “TITIA EM APUROS” em folha separada:
1- Por
que o vendedor insiste para que a personagem tia Valda experimente a camisa P?
2- Selecione
do texto e escreva três comparações feitas pelo narrador que dão um toque de
humor no texto.
3- Selecione
duas expressões que indiquem que o autor utilizou uma linguagem coloquial.
4- Apesar
do humor, é possível perceber uma crítica na crônica. Que crítica é essa?
5- Por
que o final da crônica é inesperado?
6- Você
vai escrever uma crônica de humor. Siga as instruções abaixo:
a- Um
ponto de partida pode ser a lembrança de algum fato engraçado que ocorreu com
você ou com outra pessoa. A partir desse acontecimento, invente outros
relacionados a ele.
b- Crie
duas ou mais personagens que farão parte da sua crônica.
c- Descreva
o lugar onde aconteceram os fatos.
d- Pense
no foco narrativo: 1ª pessoa (eu) ou 3ª pessoa (ele)
e- O
final deve ser algo engraçado ou inesperado.
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