Relações e interações sociais na vida cotidiana.
Do ponto de vista da Sociologia, assumir papeis sociais não é um
exercício que os indivíduos fazem de forma calculada o tempo todo. Embora em
algumas situações alguns papéis sejam assumidos de forma intencional, em outras,
as pessoas terão pouca consciência de estar agindo assim. Isso ocorre porque
não conseguimos pensar o tempo inteiro sobre o que estamos fazendo – do
contrário, enlouqueceríamos. Alguns comportamentos sociais são fortemente
marcados pela tradição do grupo ou pela posição social que o indivíduo ocupa
na sociedade e que requerem determinados tipos de expressão. Também é preciso
considerar que, outras vezes, há falhas de comunicação nas interações sociais
e um indivíduo se põe a representar um papel para causar uma impressão
totalmente diferente daquela à qual ele originalmente havia se proposto,
embora não tenha tido intenção alguma de causar essa impressão.
“Com o objetivo de elucidar o modo como os
papéis sociais são representados na vida cotidiana, utilizaremos as metáforas
empregadas pelo sociólogo canadense Erving Goffman para conceituar a representação
social do “eu” nas interações sociais. Você pode saber mais sobre esse
importante autor lendo as informações a seguir.
Erving Goffman nasceu no Canadá, em 1922, e
faleceu na Filadélfia, em 1982, nos Estados Unidos. Foi um sociólogo
reconhecido por seus estudos sobre as interações humanas. Seu método de
pesquisa preferencial era a observação, e a partir dele escreveu sobre o
comportamento cotidiano das pessoas em diversas situações. Analisou as
diferenças entre o comportamento masculino e feminino, de pessoas internadas
em instituições de tratamento de doenças mentais, além de outros temas de
interesse também da Antropologia e da Psiquiatria. Entre suas obras mais
famosas destaca-se A representação do eu na vida cotidiana.” ( São Paulo faz Escola - Caderno do
aluno. Vol.1 )
Para entender como nos relacionamos
com as outras pessoas no
dia-a-dia, utilizaremos as interações como se elas estivessem ocorrendo no
espaço de um “teatro imaginário”.
1- Palco – é onde os
atores, ou seja, as pessoas que participam ativamente da representação
desenvolvem a interação. É composto de um cenário, compreendendo a mobília, a
decoração, a distribuição das pessoas e dos objetos no espaço e outros
elementos que compõem o “pano de fundo” para o desenrolar da ação humana
executada dentro dele.
2-Plateia – é onde
ficam os observadores, ou seja, as pessoas que observam a interação, mas não
atuam diretamente. Elas são parte importante da representação, porque as
ações sempre são influenciadas por quem nos está assistindo.
3- Fachada – é a parte
da frente do palco, onde se desenvolve a representação, como também o tipo de
comportamento que adotamos quando estamos diante de outras pessoas, ou em
outras palavras, o papel.
4- Bastidores – é a parte que fica por detrás do
palco, que não pode ser vista pelo público que está na plateia. Justamente
porque não pode ser vista, é o local ideal onde os comportamentos não precisam
ser manipulados para uma plateia. É nos bastidores que os atores podem
ficar mais à vontade, sair do papel, relaxar, enfim, deixar de representar.
A.
Questões objetivas:
1.
O que é a socialização primária? Dê um exemplo.
2.
O que é a socialização secundária? Dê dois exemplos.
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