sexta-feira, 22 de maio de 2020

EM 1ª série - Sociologia - Professora Maria Cristina (26/05 a 29/05)


Roteiro de Estudos


Professor(a): MARIA CRISTINA NEGRO FORTE


Componente Curricular: SOCIOLOGIA


Turmas: 1º ANO A e B       


Número de aulas/data referente: 2 AULAS  -  semana de  26 E 29/05


Sensibilização : Você já viu um teatro de fantoches?

Michael Jackson's Dangerous. Puppet Street Performance.



Habilidade(s) a ser desenvolvida 1. Compreender o que permite ao homem viver em sociedade.
2.  Produzir uma reflexão sobre as relações e interações sociais na vida cotidiana.


Sequência de Atividades :
O aprendizado da linguagem, das formas de convivência, das regras, constitui o que dominamos sociologicamente de socialização. Do ponto de vista da Sociologia, a socialização constitui um processo, ou seja, um desenvolvimento pelo qual todos nós passamos no decorrer da vida e que possui diversas fases. A socialização pode ser definida, em linhas gerais, como a imersão dos indivíduos no “mundo vivido”, que é ao mesmo tempo um “universo simbólico e cultural” e “um saber sobre esse mundo”.
Em outras palavras, trata-se do processo de aprendizado de tudo aquilo que nos permite viver em sociedade.
Desse modo, dizemos que nenhuma pessoa nasce membro de uma sociedade, mas precisa ser gradualmente introduzida nela, por meio da interiorização das suas normas, regras, valores, crenças, saberes, modos de pensar e tantas outras coisas que fazem parte da herança cultural de um grupo social humano.
Chamamos de socialização primária a primeira fase da vida, em que aprendemos a falar, a brincar e a conviver com as outras pessoas, muitas vezes imitando o que nossos pais e as outras crianças fazem.

“A socialização secundária é qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo socializado em novos setores do mundo objetivo de sua sociedade”. Peter Berger e Thomas Luckmann. A construção social da realidade. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.

Durante sua vida, o ser humano passará por inúmeras outras “socializações secundárias”, à medida que passa a frequentar outros espaços sociais e a interagir com novos grupos. Cada vez mais, precisará interiorizar novos conhecimentos e saberes específicos para lidar com a realidade de forma bem-sucedida. Um exemplo de processo de socialização secundária é a incorporação de saberes profissionais que preparam o indivíduo para o mundo do trabalho.
Isso pode ser feito no interior de uma instituição educacional, como uma faculdade, por exemplo, ou no próprio ambiente de trabalho, à medida que o funcionário aprende, na convivência com os colegas e por meio das instruções de seus superiores, o que é preciso para desenvolver suas atividades.
É importante destacar, porém, que o processo de socialização secundária nem sempre é realizado de forma contínua e tranquila em relação ao processo de socialização primária.
Em outras palavras, muitas vezes aquilo que aprendemos mais tarde, na convivência com amigos, colegas, professores, namorados e outras pessoas, nem sempre se encaixa com aquilo que aprendemos em nosso meio familiar de origem. Assumimos papeis sociais durante a socialização.
Tal processo, portanto, comportam rupturas, mudanças em nossa maneira de pensar e ver o mundo, que podem ou não ser dramáticas e dolorosas. 
Relações e interações sociais na vida cotidiana.
Do ponto de vista da Sociologia, assumir papeis sociais não é um exercício que os indivíduos fazem de forma calculada o tempo todo. Embora em algumas situações alguns papéis sejam assumidos de forma intencional, em outras, as pessoas terão pouca consciência de estar agindo assim. Isso ocorre porque não conseguimos pensar o tempo inteiro sobre o que estamos fazendo – do contrário, enlouqueceríamos. Alguns comportamentos sociais são fortemente marcados pela tradição do grupo ou pela posição social que o indivíduo ocupa na sociedade e que requerem determinados tipos de expressão. Também é preciso considerar que, outras vezes, há falhas de comunicação nas interações sociais e um indivíduo se põe a representar um papel para causar uma impressão totalmente diferente daquela à qual ele originalmente havia se proposto, embora não tenha tido intenção alguma de causar essa impressão.

“Com o objetivo de elucidar o modo como os papéis sociais são representados na vida cotidiana, utilizaremos as metáforas empregadas pelo sociólogo canadense Erving Goffman para conceituar a representação social do “eu” nas interações sociais. Você pode saber mais sobre esse importante autor lendo as informações a seguir.
Erving Goffman nasceu no Canadá, em 1922, e faleceu na Filadélfia, em 1982, nos Estados Unidos. Foi um sociólogo reconhecido por seus estudos sobre as interações humanas. Seu método de pesquisa preferencial era a observação, e a partir dele escreveu sobre o comportamento cotidiano das pessoas em diversas situações. Analisou as diferenças entre o comportamento masculino e feminino, de pessoas internadas em instituições de tratamento de doenças mentais, além de outros temas de interesse também da Antropologia e da Psiquiatria. Entre suas obras mais famosas destaca-se A representação do eu na vida cotidiana.” ( São Paulo faz Escola - Caderno do aluno. Vol.1 )
Para entender como nos relacionamos   com as outras pessoas no dia-a-dia, utilizaremos as interações como se elas estivessem ocorrendo no espaço de um “teatro imaginário”.
     1- Palco – é onde os atores, ou seja, as pessoas que participam ativamente da representação desenvolvem a interação. É composto de um cenário, compreendendo a mobília, a decoração, a distribuição das pessoas e dos objetos no espaço e outros elementos que compõem o “pano de fundo” para o desenrolar da ação humana executada dentro dele.
      2-Plateia – é onde ficam os observadores, ou seja, as pessoas que observam a interação, mas não atuam diretamente. Elas são parte importante da representação, porque as ações sempre são influenciadas por quem nos está assistindo.
     3- Fachada – é a parte da frente do palco, onde se desenvolve a representação, como também o tipo de comportamento que adotamos quando estamos diante de outras pessoas, ou em outras palavras, o papel.
      4- Bastidores – é a parte que fica por detrás do palco, que não pode ser vista pelo público que está na plateia. Justamente porque não pode ser vista, é o local ideal onde os comportamentos não precisam ser manipulados para uma plateia. É nos bastidores que os atores podem ficar mais à vontade, sair do papel, relaxar, enfim, deixar de representar.

A.      Questões objetivas:
1.      O que é a socialização primária? Dê um exemplo.
2.      O que é a socialização secundária? Dê dois exemplos.
B.      Questões para reflexão:
3.      O que você entendeu sobre os bastidores?
4.      Você tem esse lugar (ou essa pessoa) ?


Forma de Avaliação da Aprendizagem:
Formativa – identificar se a proposta de aprendizagem está sendo alcançada para pelo aluno, para detectar  possiveis adequações e/ou orientações.
Procedimental: trabalhos e atividades individuais.

Contato cristininha.maria@hotmail.com. Qualquer dúvida me escreva!

Por favor coloque seu nome, série e número na atividade.
Se quiser imprimir e guardar, tudo bem, ok?

Referências:-





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